Um levantamento extraído dos painéis de monitoramento do novo Centro de Inteligência em Saúde (CIS) da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) indica que as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da rede estadual de saúde realizaram 1,5 milhão de atendimentos de emergência no primeiro semestre de 2023. O número é 36,4% maior que o registrado no primeiro semestre de 2021 – com 1,1 milhão de registros – quando a série histórica passou a ser consolidada pela Secretaria através das informações das 27 UPAs estaduais. Em 2022, foram 1,3 milhão de registros, representando aumento de 18,2% em relação a 2021.
Outro destaque é o expressivo aumento dos atendimentos pediátricos, que passou de 219 mil nos seis primeiros meses de 2021 para 348 mil, em 2022, e 445 mil, em 2023, o que representa mais de 103% na comparação entre 2021 e 2023. A UPA Ilha do Governador, que realiza apenas atendimento pediátricos, realizou 37,2 mil registros no primeiro semestre deste ano, com média de 206 atendimentos diários.
De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Dr. Luizinho, esse monitoramento foi criado para suprir as necessidades de rápida resposta e corrigir um atraso na informação que antes chegava há mais de 30 dias dependendo do que era solicitado.
“Com o novo CIS, conseguimos obter dados com muito mais rapidez, o que permite tomada decisões no que diz respeito à saúde pública. As UPAs são as principais portas de entrada dos usuários na rede SUS. Podemos fazer um monitoramento mais profundo de doenças endêmicas e, a partir disso, decidir sobre testagem, vacinação, abertura de leitos, transferências de recursos, entre outras medidas”, analisa o secretário.
O maior número de atendimentos nas UPAs é de doenças cardiovasculares, como as emergências hipertensivas, quadros infecciosos, como doenças urinárias e infecções de vias respiratórias, e as crises de dores agudas, como as lombalgias, dores articulares, as cefaleias e enxaquecas.
“Mas é sempre importante também destacar o papel das Unidades de Pronto Atendimento na vigilância epidemiológica, repassando aos técnicos da Secretaria o número de atendimentos de agravos de notificação compulsória, como Síndrome Gripal, Covid-19, entre tantas outras. É com base nessas informações que é possível elaborar estratégias de contenção”, explica Dr. Vinicius Pacheco, coordenador das UPAs da rede estadual de saúde.
A região com maior percentual do total de atendimentos das UPAs da rede estadual de saúde é a Zona Oeste da capital fluminense, com 27,98%. Juntas, as cinco unidades (Santa Cruz, Campo Grande l e ll, Bangu, Jacarepaguá e Realengo) somam 419.700 atendimentos. Destacam-se ainda, as unidades de Mesquita, na Baixada Fluminense, com 76 mil atendimentos, da Penha, na Zona Norte do Rio, com 68,6 mil, e Nova Iguaçu, também na Baixada, com 67,4 mil.
“Estamos sempre monitorando nossas demandas para continuamente nos ajustarmos ao que a população necessita, trabalhando para reduzir os tempos de espera e ofertar melhoria na qualidade do serviço prestado”, conclui Pacheco.