O Dia Mundial do Rim foi criado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce da doença renal crônica. E, para marcar a data, a Unimed Nova Iguaçu convidou o nefrologista e cooperado, Dr. Gustavo Serapião, para debater um pouco o tema.
Qual a relevância do Dia Mundial do Rim no calendário da saúde?
É uma data muito importante, pois tem o foco na prevenção e no diagnóstico precoce da doença renal crônica. Vimos nos dias de hoje uma verdadeira pandemia no que diz respeito a essa doença. Destaco que um em cada 10 pacientes é diagnosticado com a enfermidade, e precisamos estar atentos aos principais fatores de risco para o seu desenvolvimento, como o diabetes e a hipertensão arterial.
Como saber se é portador de doença renal?
Sempre recomendo: se você é diabético ou hipertenso pergunte ao seu médico como vai a saúde dos seus rins. Com um simples exame de sangue e de urina, ele conseguirá avaliar e fazer as devidas orientações.
Outras causas também podem afetar a função dos rins?
Sim. Outros fatores também devem ser levados em consideração: idosos; obesos, mesmo aqueles que não sejam diabéticos ou hipertensos; histórico de doença renal crônica na família; pacientes com doença arterial coronariana; insuficiência cardíaca, acidente vascular encefálico prévio; pessoas que fazem uso indiscriminado de medicamentos que causam uma agressão muito grande ao rim, como os antiinflamatórios.
Quais são os sintomas da doença renal crônica?
É sempre muito difícil responder essa questão, porque a doença é silenciosa e quando começa a dar algum tipo de sintoma, normalmente significa que os rins já se encontram em torno de 30% da sua função ou abaixo disso. Os sintomas são inespecíficos e, muitas vezes, o paciente não os relaciona com a doença renal crônica, como enjoos, vômitos, cansaço, inchaço nas pernas, dificuldade de dormir.
Como é possível prevenir a doença?
Combatendo incansavelmente os fatores de risco. Se você é diabético ou hipertenso precisa ter um compromisso de estabelecer um controle rigoroso sobre essas doenças. Fazer as mudanças de hábitos e estilo de vida, como beber mais água, ter uma alimentação mais saudável. É recomendável procurar uma nutricionista para elaborar um plano nutricional de acordo com as suas necessidades, fazer atividade física regular e orientada por um profissional de educação física, não fumar, não fazer uso de bebida alcoólica. Com essas simples mudanças é possível mudar e melhorar a qualidade de vida dos rins e do organismo como um todo.