Peça fundamental no transporte de órgãos e inter-hospitalares, a Superintendência de Operações Aéreas (SOAer) da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) completou dois anos de atuação. Criada em maio de 2021, a equipe da SOAer tem mais de 500 horas de voo a serviço da vida, sobrevoando o céu do estado. Durante a pandemia, teve sua atuação ampliada, colaborando na entrega de quase um milhão de doses de vacinas em todo o estado do Rio de Janeiro. Cada vez que levanta voo, o “Verdinho”, como é conhecido o helicóptero da Saúde, deixa esperança de cura por onde passa.
“O Serviço de Operações Aéreas da Secretaria de Estado de Saúde é um dos serviços mais importantes hoje, porque atua salvando milhares de vidas por meio do transporte de órgãos, sendo responsável direto por esta captação, e de neonatos que precisam ser transferidos para as UTIs neonatal. Tem sido um ‘salva-vidas aéreo’ porque vai buscar órgãos para levar às pessoas que estão no seu limite da vida que, quando transplantados, retomam sua rotina e bebês que podem ser levados às UTIs com toda a estrutura. Esperamos que, a cada dia, possamos ampliar o serviço”, disse o secretário de Estado de Saúde, Dr. Luizinho.
A parceria com a Central Estadual de Transplantes e com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) da capital, que são administrados pela Fundação Saúde, consolidou o serviço, tornando-o indispensável às ações em prol da vida. Em números absolutos, o SOAer transportou 296 órgãos e realizou 110 transportes inter-hospitalares, sendo 80 de recém-nascidos.
“Hoje, fechamos a centésima criança transportada apenas no ano de 2023 em um total de 110 crianças levadas desde o início do serviço, uma parceria com o SAMU da Fundação Saúde. Outro grande orgulho nosso é a consolidação do serviço de transplante de órgãos”, destacou o comandante tenente coronel Rodrigo Medina, responsável pelo SOAer.
Coordenador da Central Estadual de Transplantes, Alexandre Cauduro, enfatizou que o serviço desempenha papel fundamental na logística de transplantes do estado.
“Alguns órgãos, principalmente coração e pulmão, requerem uma rapidez no transporte, otimizando os resultados do transplante. É muito orgulho trabalhar no estado que pode oferecer um serviço de tecnologia e de inovação, sendo fundamental nos bons resultados e na facilitação da logística de transplantes”, explicou.
Pai de Bruna Lopes, o empreendedor Alexandre Ribeiro Lopes, de 56 anos, e sua esposa não hesitaram em doar os órgãos da filha, de 27 anos. O gesto de amor e generosidade, que ajudou a salvar cinco vidas, teve o SOAer como peça-chave.
“Salvar uma vida é como você ter um novo filho. Minha filha se foi, mas sei que agora tenho cinco pessoas vivendo melhor do que antes por causa dela. É o maior ato de amor que um ser humano pode fazer. O trabalho do SOAer é fundamental para que mais vidas sejam salvas.”
Nos dois anos do SOAer:
– 971.457 doses de vacina;
– 296 órgãos transportados;
– 110 crianças transportadas, sendo 80 recém-nascidos.