A Secretaria de Estado de Saúde investiu, desde janeiro deste ano, mais de R$35,3 milhões em exames de diagnóstico de diversas doenças e tem disponibilizado cerca de R$6 milhões para tratamento oncológico. Em comum entre os dois cofinanciamentos está o câncer de mama. O aporte financeiro aos municípios de todo o estado contribuiu para a redução do tempo de início de tratamento da doença, que tem durante este mês, com o Outubro Rosa, seu maior momento de conscientização.
No ano passado, 56% dos casos diagnosticados de câncer de mama levavam mais de 60 dias para iniciar o tratamento no estado. Em 2019, em apenas nove meses de novas políticas públicas, esse percentual caiu para 18%, segundo dados do Painel-Oncologia do Ministério da Saúde/Inca. Atualmente, a Lei dos 60 Dias estabelece que o tratamento seja iniciado em até dois meses da confirmação do câncer.
Para o secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos, a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama não se limita só a um mês e, desde janeiro, o tema foi definido como prioridade, com o reforço dos cofinanciamentos e intensificação das ações.
“A detecção precoce da doença aumenta em até 90% as chances de cura, por isso são tão importantes os investimentos que temos feito para auxiliar as prefeituras em exames de rastreio. Caso o diagnóstico seja confirmado, nossa meta é que todas as pacientes comecem o tratamento em até dois meses no Rio de Janeiro. Temos um compromisso importante”, aponta.
O câncer de mama tem sido combatido em duas frentes no estado. No eixo do diagnóstico precoce, mamografia e biópsia de mama guiada por ultrassom são dois dos exames previstos pelos cofinanciamentos. Já para o tratamento da doença, radioterapia, quimioterapia e cirurgia oncológica estão inseridas no termo de cofinanciamento com municípios que possuem Unidades ou Centros de Assistência Especializada em Oncologia (UNACON ou CACON).
Mais unidades para diagnóstico e tratamento
O novo formato das UPAs, que substitui as estruturas de contêiner por alvenaria a partir do ano que vem, também vai abranger o diagnóstico precoce de cânceres – entre eles, o de mama. No térreo da UPA remodelada funcionará a assistência médica como já funciona hoje; e num segundo andar, consultórios ambulatoriais especializados ou Centros de Diagnóstico Precoce do Câncer, com mamografia, ultrassom, endoscopia e colonoscopia. Para esses atendimentos, os pacientes serão inscritos no Sistema Estadual de Regulação.
Outro projeto de referência oncológica no estado que está saindo do papel é o Hospital do Câncer de Nova Friburgo.
“Em trabalho conjunto com a Empresa de Obras Públicas (EMOP), estamos estudando alternativas para reiniciar as obras abandonadas nos últimos anos e atender a demanda por oncologia da população da Região Serrana, proporcionando o tratamento perto de casa”, diz.