Com o objetivo de levar ao público as mais diversas canções da Música Popular Brasileira, o projeto “Viva o Compositor Brasileiro” proporcionou apresentações de música instrumental com Ronaldinho do Cavaquinho, de outubro a novembro, em diversos locais do Rio de Janeiro com patrocínio da Funarj. Ronaldinho do Cavaquinho é considerado o herdeiro musical de Waldir Azevedo tanto pela virtuosidade com que interpreta suas obras, quanto pela missão de difundir e preservar o legado do compositor de Brasileirinho, através do Instituto Waldir Azevedo com sede em Conservatória, no sul do Estado.
A apresentação de encerramento da turnê ”Viva o Compositor Brasileiro” é gratuita e acontece na Baixada Fluminense, na cidade de Nova Iguaçu, às 11h, na Praça Barão de Tinguá.
Ronaldinho do Cavaquinho homenageia o mestre – compositor e autodidata apontado por alguns críticos como o herdeiro musical do mestre do cavaquinho, obtendo maior parte do acervo de Waldir da própria viúva, dona Olinda. O lendário músico brasileiro conta com mais de 130 canções e 30 anos de carreira. Foi criado no subúrbio do Rio de Janeiro, onde aprendeu cavaquinho, flauta e violão na infância. João de Barro, o Braguinha, após ouvir os acordes e solos de Waldir, o convidou para gravar um disco com o hit “Brasileirinho” e “Carioquinha” pela gravadora Continental. Além de mais dois discos com músicas de sua autoria entre “O que é que há”, “Quitandinha” e “Vai por Mim”, compôs e gravou o baião “Delicado” em seu quarto disco e no ano seguinte ”Pedacinho do Céu”. O sucesso foi garantido ao vender mais de 500 mil cópias no Brasil, tendo sido gravado por artistas estrangeiros como Percy Faith e Ray Coniff. Campeão de vendas de discos e empatia do público, Waldir Azevedo percorreu Europa, Japão e Estados Unidos nos anos 50 levando sua música somando mais de 20 LPs gravados ao longo da carreira.
Conservatória, a cidade escolhida pela família Azevedo
Em 2008 a viúva de Waldir, dona Olinda Azevedo, visitou a pequena cidade no interior do estado do Rio e acabou se encantando pela atmosfera musical do lugar. Revelou, na ocasião, sua vontade de ver um espaço dedicado a celebrar a vida e a obra de seu marido ali. Por vontade da própria e também da filha de Waldir, Marly Azevedo, o diretor do Instituto atendeu então ao pedido da família. Para Ronaldinho do Cavaquinho, uma das melhores maneiras de homenagear o mestre, além de estar em um local todo dedicado à música, é manter sua obra ao alcance do público. ”O Instituto veio só para consolidar ainda mais todo o legado de um dos maiores expoentes e ícones da cultura brasileira preservando sua memória com a exposição permanente de seus objetos pessoais, móveis e demais artigos ligados à sua criação artística. Em breve o espaço também disponibilizará oficinas de choro e, é claro, cavaquinho”, conclui o responsável pelo IWA. O Instituto Waldir Azevedo fica na Rua das Flores, n° 145, no Centro de Conservatória.
Agenda:
12/11 (SÁB) | 11h – Praça Barão de Tinguá, Nova Iguaçu/RJ (grátis)
FOTO Eduardo Salles