O Estado do Rio de Janeiro pode ficar livre da vacinação contra febre aftosa. Para isso deve cumprir os requisitos do Ministério da Agricultura que lançou um plano estratégico para reconhecer o Brasil como livre da febre aftosa sem vacinação. O principal objetivo deste plano é alcançar novos mercados consumidores, além de passar a exportar para países que ainda não compram carne do Brasil, pois o rebanho ainda é submetido à vacinação. Visa também, fortalecer as medidas de prevenção e redução das vulnerabilidades, aprimorar as capacidades do serviço veterinário oficial nos estados, fortalecer as parcerias público-privadas e contribuir com a modernização da defesa agropecuária
Desde 1997, o estado do Rio de Janeiro não registra foco da doença. No Brasil, apenas o estado de Santa Catarina é reconhecido com o status de livre da febre aftosa sem vacinação. Já o estado do Paraná suspendeu a vacinação neste ano e busca o reconhecimento internacional.
De acordo com o cronograma do Ministério da Agricultura, o estado do Rio de Janeiro e o restante do País podem deixar de vacinar contra a doença em 2021. Para tanto, deve cumprir uma série de ações que permitam comprovar que o rebanho brasileiro não será mais afetado, como: barreiras sanitárias, controle das rotas, vigilância específica nas fazendas, monitoramento, sorologia para a certificação de que não existe circulação viral, entre outros pontos.
É um Plano de responsabilidades compartilhadas. Por isso, a Secretaria de Agricultura vem realizando, com a presença do secretário Marcelo Queiroz, o “Fórum Estadual de Plano Estratégico 2017 – 2026”, para apresentar e discutir ações do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa – PNEFA. Somente após a avaliação satisfatória da qualidade do serviço sanitário, que vem sendo auditado pelo Ministério da Agricultura através do programa Quali – SV, o Brasil ficará livre da vacinação.
– A Secretaria de Agricultura, em parceria com a Faerj, que representa o setor produtivo e o Ministério da Agricultura estão realizando esses fóruns para dar ampla divulgação das ações que são necessárias para serem desenvolvidas por todos. E dessa forma possamos obter o status sanitário para no futuro caminharmos sem vacinação.” – disse Marcelo Queiroz.
O produtor rural José Carlos de Carvalho Pires, participou do fórum que aconteceu em Valença, e aproveitou para esclarecer várias dúvidas. Há 40 anos no campo, ele acredita que a não vacinação contra febre aftosa, é muito importante para os pecuaristas.
“A principal vantagem, é econômica sem dúvidas. A partir do momento que o rebanho não precisar mais ser vacinado, o manejo com o gado diminui, diminuindo também as despesas do produtor, mão de obra, inclusive o custo da vacina. Além disso evita também o estresse no animal. Estou bem receptivo a essa mudança.”