O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, disse ontem (30) que poderá adotar medidas mais rígidas de afastamento social, se a curva de contágio da covid-19 continuar em crescimento. Ele avisou ainda que, caso a população não colabore usando as máscaras obrigatórias ao sair às ruas, poderá editar novo decreto que levará a um isolamento mais rígido.
“Se as pessoas não usarem máscaras, se as curvas continuarem subindo, nós vamos endurecer ainda mais. Para baixar as curvas de internação e UTI, precisamos manter as medidas de afastamento social e o uso de máscaras para quem precisar sair de casa. Para reduzir a curva de óbitos, precisamos ter mais leitos de UTI. Nós aumentaremos o número de leitos a partir desses 300 respiradores que chegam semana que vem“, explicou o prefeito.
Medidas mais duras
Crivella disse que a situação é grave e todos devem atentar para o aumento do número de mortos. “Nós estávamos com uma curva de óbitos pendendo, há alguns dias, para entre de 8 a 9 pessoas. Semana passada, isso subiu para 14, 15 pessoas. Sobretudo as pessoas com comorbidades. Se nós formos olhar os mais de 300 óbitos que tivemos, a grande maioria deles, tal como em Nova York, foi de pessoas com comorbidades. Por isso, insistimos e repetimos encarecidamente que as pessoas permaneçam nas suas residências “, avaliou o prefeito.
Alerta à população
O Centro de Operações Rio (COR) começou a alertar a população sobre o risco de contaminação pelo novo coronavírus na própria vizinhança. A mensagem informa que “há casos confirmados da covid-19 perto da sua residência”.
O aviso é enviado por mensagens de texto no aplicativo COR.RIO e no celular, via Twitter e SMS. O objetivo é que o carioca entenda que o vírus circula por toda a cidade e está mais perto do que imagina, e que o isolamento social é a melhor forma de evitar o contágio.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, já foram registrados casos em 153 dos 162 bairros da cidade do Rio. Até o momento, o município do Rio de Janeiro contabiliza 5.903 casos confirmados e 535 óbitos. Os bairros com maior número de casos da doença são: Barra da Tijuca (247), Copacabana (231) e Tijuca (171).