O fim de semana em Queimados foi pra lá de radical. É que a cidade da Baixada Fluminense recebeu o projeto Circuito Skates nas Cidades, uma parceria entre a Universidade Federal Fluminense e a Prefeitura de Queimados. Em uma iniciativa totalmente gratuita, mais de 500 crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, aproveitaram três dias de pura adrenalina na Vila Olímpica Barnabé dos Santos, no Pacaembu.
O projeto socioesportivo tem foco na participação, integração e iniciação à prática de skate como modalidade esportiva. A ação começou na sexta-feira (12) e terminou neste domingo (14). Os participantes ganharam mochila, boné, blusa e uma medalha de participação.
No local foi organizada oficinas de conhecimento e iniciação à prática de skate, com conteúdos voltados a história do skate, montagem e desmontagem do objeto e uso correto dos equipamentos de segurança. Antes do circuito, todos participaram de aula de preparação do corpo com alongamento. O local contou ainda com espaço recreativo e posto para atendimento médico.
O autor do projeto, Francisco Gilberg explicou um pouco sobre a iniciativa que percorre diversas cidades. “A criação do projeto busca atender aquelas crianças que não estão incluídas em projetos mais comuns no esporte de inclusão, como futebol, vôlei, basquete e handebol. Aqui, durante três dias, promovemos essa conexão entre o skate, o esporte e a inclusão das nossas crianças e jovens”, disse.
O prefeito do município, Glauco Kaizer acompanhou a abertura do circuito acompanhado da primeira-dama Cristiane Kaizer: “É um evento muito importante e que traz muitos benefícios às nossas crianças. O esporte ajuda muito no desenvolvimento delas e promove bem-estar coletivo e, claro, a inclusão. Por isso estamos investindo em equipamentos inclusivos, como a nossa piscina semiolímpica, a quadra do skate no bairro Dona Branca – que inauguramos recentemente-, entre outros espaços públicos”, disse o gestor.
PÚBLICO APROVA O PROJETO
Quem levou sua filha Lara Delpasso, de 5 anos, para participar do projeto foi a moradora do bairro Meu Ranchinho, Laís da Silva. A pequena, que é aluna da Escola Municipal Metodista, estava muito empolgada. “A Lara participa de tudo, sempre está animada, não perde nada. Quando ela ouviu falar sobre o circuito de skate quis logo participar também. Muito legal esse espaço aqui na Vila Olímpica”, elogiou a moradora.
A professora do projeto, a skatista Maria Luiza Nogueira Borges, de 23 anos, falou sobre sua paixão pelo skate e a experiência do projeto na cidade: Já participei de campeonato estadual e de vários outros representando minha cidade de Petrópolis, mas hoje em dia eu prefiro dar aulas de skate. Gosto de ensinar e aproximar as crianças a esse esporte. E esses dias em Queimados foram incríveis, pois acredito que o skate é uma ferramenta de inclusão e transformação social”, explicou.