Com o objetivo de inserir os alunos no mundo da leitura e escrita, a Prefeitura de Queimados, por meio da Secretaria Municipal de Educação, promoveu nesta quarta-feira (30), a I Feira Literária de Queimados (FLIQ). O evento aconteceu no Ginásio Metodista, na Vila Nanci, e contou com a participação de escritores, contadores de histórias, palestrantes, autores e estudantes da rede municipal de ensino.
O primeiro dia do evento foi um sucesso e contou com a apresentação da Escola Municipal Tiradentes que homenageou as tradições nordestinas com os alunos da educação infantil dançando Ciranda do Nordeste. A E.M Monteiro Lobato apresentou um jogral sobre as músicas que fazem parte do universo infantil. Já E.M Metodista levou a exposição “Sentindo na Pele” com o objetivo de exaltar e valorizar a beleza negra dos alunos e reforçar o combate ao racismo. Ao todo, cerca de 1,2 mil pessoas participaram da feira que continua nesta quinta-feira (31).
Além disso, os estudantes e os presentes no evento participaram das exposições promovidas pela II Semana de Arte de Queimados, que acontece durante a FLIQ. A ideia é apresentar os trabalhos fotográficos elaborados pelos alunos nas escolas com a temática Afrofuturismo – que visa um despertar para a consciência histórica e ancestral das pessoas negras, exaltando isso no futuro.
Um dos grandes autores da literatura que participou do primeiro dia da FLIQ foi o poeta, escritor e produtor cultural Bruno Black. Ele apresentou suas obras “Euclides e o caroço de manga” e sobre seu livro mais vendido “#Tarja Preta – E aí, posso ser seu remedinho?”, que fala sobre a saúde mental em forma de poema.
“Esse livro fala sobre amores, fé, literatura preta e sobre assuntos divertidos. Isso faz com que as pessoas se conectem ao seu eixo. A pergunta na capa do livro é uma chamada para a leitura e é uma das formas das pessoas abandonarem os remédios (vícios), porque a poesia liberta. Essa feira está sendo importante para quem vive da cultura e da produção de livros”, disse o escritor.
Além disso, Bruno Black apresentou o seu mais novo livro “Comunidade do Fumacê”, que leva o nome do local onde o escritor mora e retrata diversas histórias e memórias afetivas de quem vive na comunidade. O livro, que foi escrito por 50 moradores, será lançado na Bienal deste ano.
Essa é a primeira vez que o município realiza uma grande feira literária com uma programação para todos os públicos. Presente na abertura do evento, o prefeito Glauco Kaizer destacou a importância da realização da feira.
“A leitura constrói mundos, ajuda a mudar histórias, trabalha a imaginação e constrói a possibilidade de um mundo para uma experiência de vida melhor. Hoje, vocês têm a oportunidade de estarem na feira literária com o compromisso de aprender, de imaginar, sonhar e fazer da sua própria existência a experiência de um mundo melhor”, destacou o prefeito.
Já o secretário municipal de Educação, André Monsores, a feira é o produto final de uma série de trabalhos na rede municipal.
“Importante dizermos que essa feira literária foi feita para a nossa cidade. E isso aqui é o resultado do trabalho feito pela educação dentro das escolas. Este é um grande projeto para inserir e estimular os nossos alunos no mundo da leitura e da escrita”, disse o secretário.
Participaram da abertura da primeira edição da Feira Literária de Queimados a Primeira-Dama, Cristiane Kaizer; a Subsecretária Adjunta de Assuntos Pedagógicos, Mytse Andrea; e o Subsecretário de Educação, Renan Henrique.