A Anemia Falciforme é uma doença que atinge grande parte da população negra no mundo e causa preocupação aos profissionais da saúde. Por isso, a secretaria de Saúde de Mesquita, através da coordenadoria de Igualdade Racial do município, convidou a Dra. Joice Aragão para falar sobre o assunto aos agentes da Atenção Básica de Saúde da cidade.
O encontro aconteceu na última quinta-feira, 31 de outubro, no auditório Zelito Viana, na sede da Prefeitura. Segundo dados do Ministério da Saúde, a doença falciforme é hereditária, caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue. Devido à doença, as células são alteradas e rompem-se mais facilmente, causando anemia. Além de dores intensas por todo o corpo, infecções frequentes e olhos amarelados são alguns sintomas.
Durante a palestra Joice Aragão, responsável pela implementação da Política Nacional de Atenção Integral às pessoas com doença falciforme, falou aos profissionais sobre a importância de ter maior conhecimento sobre os cuidados a serem feitos com os pacientes. “A pessoa diagnosticada com Anemia Falciforme lida diariamente com a dor, a qual varia de intensidade. É importante identificar esse fato, para sabermos que remédios se deve receitar”, evidenciou a médica.
Joice também explicou a necessidade dos cuidados com recém-nascidos. “A criança fica suscetível a diversas infecções. Essa vulnerabilidade é causada pela imunidade comprometida pela doença”, avisa. O diagnóstico precoce, segundo ela, pode ser realizado através do teste do pezinho, que comumente acontece após o nascimento do bebê.
O coordenador de Igualdade Racial, Cláudio Macalé, destacou a importância do tema para Mesquita, cuja população é composta de 64% de pessoas negras. “Estamos em um município majoritariamente negro e, apesar da doença atingir todas as raças, nós somos os mais atingidos por ela. É preciso cuidar de ocasiões como essa”, disse.