Um dos maiores dramas de pecuaristas em épocas de seca é a escassez de alimentação para o rebanho. Para ajudar os produtores rurais de Japeri, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Agricultura e Pesca, está prestando assistência técnica aos produtores rurais da cidade para a adoção do pastejo rotacionado (divisão da área de pastagem) para enfrentar este período de estiagem. O objetivo da iniciativa é aumentar a produção de leite com um sistema de baixo custo para os produtores, além de oferecer alimento de forma constante aos animais.
O pastejo rotacionado consiste na divisão da área de pastagem em piquetes, em que os animais são levados a pastar apenas em um espaço por dia. Após a alimentação, o local que foi destinado a pastagem é fechado e fica descansando o tempo suficiente para as plantas recomporem suas reservas e rebrotarem rapidamente.
O sistema, que ainda permite o controle da quantidade e qualidade do pasto, pode ser adotado por qualquer produtor rural. Após implementar a medida em sua propriedade rural no bairro Pedra Lisa, o agricultor Rubens Caires, de 39 anos, já pode sentir uma melhora significativa na produção do seu rebanho.
“Já faz 14 dias que estou usando o pastejo rotacionado aqui. Já percebi que a produção de leite das minhas vacas cresceu bastante, saltando de 45 para 65 litros de leite”, relatou o produtor rural que fabrica e, posteriormente, vende os laticínios na feira.
O secretário da Pasta, José Maurício da Silva, ressaltou que alimentação é um item de maior impacto no custo do sistema de produção animal. “A utilização do pastejo rotacionado pode trazer muitos benefícios ao sistema produtivo como um todo. Principalmente neste período de escassez. Por sua vez, a secretaria está prestando suporte técnico e incentivando os produtores rurais a implementar o sistema que é de baixo custo”, frisou o gestor que visitou a propriedade rural no bairro Pedra Lisa.
O técnico de campo, Rogério Inocêncio de Oliveira, aponta que a implementação do pastejo rotacionado pode melhorar o lucro dos produtores rurais. “Entendemos que tudo é uma cadeia produtiva. Essa tecnologia melhora a qualidade do solo, do pasto e, principalmente do leite. Por fim, o custo final desse processo é baixo e o lucro é praticamente de 100%”, frisou.
Na próxima semana, os técnicos vão prestar assistência para implementação do sistema aos donos das propriedades rurais do bairro Marajoara.