O presidente da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, deputado Dr. Luizinho (PP-RJ), conduziu a audiência pública que ouviu, nesta quarta (14/07) o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para um balanço das ações de sua gestão durante a pandemia.
Na ocasião, o presidente questionou o ministério sobre a programação de entrega de vacinas prevista para esse ano.
“Gostaria de fazer um pedido aqui, que seria ter uma programação do que teremos de vacina até o final de 2021. Qual seria nossa programação de entrega de vacinas para o segundo semestre deste ano?”, questionou o deputado.
Marcelo Queiroga respondeu aos questionamentos dos membros da comissão e antecipou que o Brasil deve receber mais 100 milhões de doses de vacinas:
“Agora em julho nós temos uma previsão da ordem de 40 milhões de doses, no mês de agosto a expectativa é que tenhamos 60 milhões”, disse o Ministro.
Antecipação de segundas doses
Durante a reunião, Dr. Luizinho relembrou os pedidos que sugeriu ao ministro, como a inclusão de lactantes e gestantes no grupo prioritário da vacinação, que foi acatado, e voltou a defender a antecipação da aplicação de segundas doses.
“Ministro nós também levamos ao senhor, e que foi submetido à equipe técnica do PNI, a questão da vacinação das gestantes e lactantes, que acho que foi atendida, em parte, com prescrição médica. Mas, muito preocupa ainda, o avanço da variante delta. Vários países e vários estudos têm comprovado a garantia de eficácia de imunização, com as duas doses, contra a variante delta.”, reforçou.
Dr. Luizinho ponderou que a antecipação seriam de doses reservadas.
“O que a gente tem falado não é antecipação de doses não existentes, mas a antecipação de doses já em poder dos estados e municípios. Doses que estão guardadas, principalmente, da Astrazeneca. O que estamos propondo é a antecipação da aplicação de segundas doses para 60 dias, doses guardadas e que já poderíamos ampliar o número de vacinados com as duas doses, uma vez que o número ainda é muito pequeno de imunizados por completo no Brasil”, reforçou o deputado.
O ministro, por sua vez, disse que estados e municípios têm adotado essa medida sem previsibilidade no Programa Nacional de Imunização (PNI), e que esse tipo de mudança precisa ser analisado pela equipe técnica do PNI. Ele ressaltou que no caso da vacina Pfizer, há orientação na bula para reduzir o tempo de aplicação da segunda dose para 21 dias.