As cirurgias eletivas que foram suspensas durante o período de medidas restritivas de prevenção à covid-19 podem ser retomadas pela prefeitura do Rio de Janeiro na segunda fase da reabertura de atividades, prevista para o dia 16. Segundo o município, a retomada deve ser gradual, a partir da publicação de protocolos a serem divulgados até o início da próxima semana.
O superintendente de Educação da Vigilância Sanitária, Flávio Graça, participou na quarta-feira (4) de uma entrevista coletiva com autoridades municipais e disse que protocolos serão elaborados com base no que já foi definido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As orientações serão publicadas em forma de resolução e valerão para unidades públicas e privadas na cidade.
A volta das cirurgias eletivas é considerada um passo importante pela prefeitura que, ao defender a reabertura,tem dito que o isolamento social fez com que pacientes crônicos deixassem de ser acompanhados e novas doenças deixassem de ser diagnosticadas. O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, chegou a dizer que, “se prolongado ad eternum, o isolamento começa a matar [mais] gente que o coronavírus”.
A prefeitura afirma ter capacidade de atendimento para absorver um possível aumento do número de casos com a reabertura, iniciada nesta semana. Segundo dados apresentados hoje pela Secretaria Municipal de Saúde, a ocupação dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) está em 88%, e não há fila de espera para internação. Ainda assim, o prefeito admite a possibilidade de recuar caso a situação se torne pior que o previsto. “Temos salvaguardas para recuar sem vergonha, recuar sem timidez”, disse Crivella.
A prefeitura anunciou que a Guarda Municipal começará a atuar na fiscalização dos estabelecimentos que forem autorizados a abrir, notificando quem não cumprir as regras de ouro divulgadas pelo município. Também foi anunciado que o aplicativo municipal Táxi.Rio começará a testar os motoristas para dar mais segurança aos passageiros. O prefeito reconheceu, entretanto, que não há testes para todos os motoristas cadastrados no serviço.