A Polícia Civil vai pedir ao Ministério Público nos próximos dias o compartilhamento de informações contidas nos 13 celulares e sete chips de diferentes operadoras de telefonia aprendidos na casa onde estava o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega. O homem, que é acusado de chefiar o grupo de matadores conhecido como Escritório do Crime — investigado por suspeita de envolvimento nos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes —, foi morto por policiais no município de Esplanada, a 177 quilômetros da Bahia, no último final de semana.
Segundo a Polícia Civil, Adriano era investigado por várias delegacias do estado. Entre elas a de Homicídios da Capital (DHC) e a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).Um delegado chefe de um departamento da Civil diz que “o que contém nos celulares poderá elucidar vários crimes cometidos pelo grupo chefiado pelo ex-PM”.
Nos próximos dias os celulares serão entregues ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), da Polícia Civil, que será o responsável pela perícia. Acredita-se que a perícia fique pronta em até 30 dias.Alguns delegados que investigavam Adriano deverão pedir uma reunião, nos próximos dias, com representantes do Ministério Público. O objetivo será solicitar o compartilhamento de dados dos aparelhos.