Polícia Civil prende duas pessoas envolvidas na contaminação de transplantes por HIV e investiga contrato do laboratório PCS Saleme

Agentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro prenderam duas pessoas envolvidas na emissão de laudos falsos que resultaram no transplante de órgãos infectados com HIV. As prisões de Walter Vieira, sócio do Laboratório PCS Saleme, e Ivanilson Fernandes, técnico do laboratório, foram resultados da primeira fase da operação “Verum”, realizada nesta segunda-feira (14/10) pela Delegacia do Consumidor (DECON).

Todos os 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça foram cumpridos. Duas pessoas estão foragidas. A polícia segue investigando a cadeia operacional relacionada à elaboração dos laudos do grupo criminoso. A suspeita é de que o grupo tenha falsificado laudos em outros casos. Os sócios do laboratório PCS Saleme são o tio e o primo do ex-secretário de Estado de Saúde, deputado federal Dr. Luizinho (PP).

“Assim que tive conhecimento sobre os casos, determinei a apuração imediata dos fatos. Todos os envolvidos estão sendo investigados e os culpados serão punidos com o rigor da lei. Esse crime atenta contra todo o estado, e daremos uma resposta dura”, declarou o governador Cláudio Castro.

Secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, concedeu entrevista coletiva sobre o caso nesta segunda-feira

Segundo as investigações, houve uma falha operacional no controle de qualidade aplicado nos testes do laboratório, com o objetivo de diminuir os custos. A análise das amostras deixou de ser realizada diariamente para se tornar semanal. A questão contratual com o laboratório PCS Saleme, também está sendo investigada pela Polícia Civil.

“A Delegacia do Consumidor instaurou o inquérito e realizou as diligências com rigor e celeridade, o que culminou na operação desta segunda-feira, com o cumprimento de medidas cautelares. Conseguimos elementos para representar pelas cautelares junto à Justiça em tempo recorde, para que os culpados sejam punidos rapidamente “, disse o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi.

Fotos: Rafael Campos/GovRJ

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