Com muita gargalhada e animação quase 400 alunos da rede municipal de ensino de Queimados aprenderam uma grande lição ontem (18). Isso porque os policiais militares do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), subiram ao palco do Teatro Metodista (Av. Ver. Marinho Hemetério de Oliveira, s/nº, Vila Pacaembu) para apresentar a peça “De olhos bem abertos”, que tem como objetivo conscientizar os estudantes sobre o bullying nas escolas.
De acordo com o Subtenente da Polícia Militar, Paulo Roque, a peça é um recurso para abordar os temas com mais facilidade. “A companhia teatral começou em 2010, quando entendemos que seria necessário trazer o elemento lúdico para os debates e trabalhos que realizamos com os policiais e fomos estendendo até os outros programas. É importante, principalmente para as crianças, abordar esses assuntos de forma que eles entendam e interajam”, garante o responsável pela companhia teatral “Disse quê”.
Uma das presentes na plateia foi a pequena Maryana Caetano (10), que deixou claro não tolerar preconceito. “Aqui a gente tá aprendendo a fazer alguma coisa quando alguém faz Bullying, nós temos sempre que dizer não à maldade e ao preconceito e buscar a ajuda de um adulto nessas horas”, conta entusiasmada a estudante do 5º ano da E.M. Monteiro Lobato.
Um programa especial
O Proerd foi criado nos Estados Unidos em 1983 e, desde então, já foi desenvolvido em mais de 50 países. O projeto é direcionado a todos os alunos matriculados no primeiro segmento do Ensino Fundamental da rede pública e tem duração de quatro meses. O programa é realizado em Queimados desde 2002 e tem o objetivo de prevenir o uso de drogas e a violência entre crianças por meio da conscientização.
Para o Secretário Municipal de Educação de Queimados, Lenine Lemos, a iniciativa do Proerd dentro das escolas vem transformando o convívio social das crianças. “O trabalho desenvolvido pela PM dentro das escolas é para ser comemorado. Não é uma luta apenas para afastar as crianças das drogas, também buscamos mudar a forma como elas veem o mundo, ensinando a lidar com o medo, os preconceitos, a violência e o bullying”, afirma o gestor.