A construção do novo autódromo em Deodoro poderá criar aproximadamente 10 mil empregos, gerando um projetado impacto econômico anual de R$ 2,1 bilhões para a cidade do Rio de Janeiro. Os dados são da Secretaria Municipal de Urbanismo e foram apresentados na terça-feira (26), em audiência pública da Comissão de Implantação do Novo Autódromo, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), realizada no Palácio Tiradentes.
Coordenador geral do Centro de Arquitetura e Urbanismo, da Secretaria de Urbanismo, Antonio Corrêa disse que o novo autódromo será capaz de revitalizar toda a região no seu entorno. “Vimos a oportunidade de ter esse equipamento esportivo como uma nova âncora, assim como fizemos na Zona Portuária, com o Museu do Amanhã e o Aqua Rio. Um projeto como esse em Deodoro vai estabelecer novos fluxos de recursos e estimular a economia local”, comentou.
Ele citou a área da Avenida Brasil, uma das principais vias da cidade, como uma das que mais precisa ser revitalizada, por conta dos baixos índices sociais e da pouca oferta de trabalho: “Precisamos melhorar a região, que tem um potencial muito forte no bairro da Pavuna”.
Presidente da comissão da Casa, o deputado Carlo Caiado (DEM) disse que a Alerj cobrou que o projeto de lei 135/2019, que autoriza a Parceria Público-Privada (PPP) para a viabilidade da obra, fosse encaminhado à Câmara Municipal do Rio. “Tivemos o retorno dos vereadores de que poderá ser aprovado semana que vem. Também discutimos sobre o estudo de impacto ambiental, que foi apresentado pela empresa construtora junto ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea)”, declarou o parlamentar.
O deputado frisou, ainda, que o Inea está avaliando aspectos construtivos e socioeconômicos da região de Deodoro, com o intuito de estabelecer a legalidade do empreendimento. Ao terminar essa etapa, será iniciada a licença de instalação. “No início do ano que vem, o Inea pretende estabelecer todo o parecer técnico para autorizar a segunda etapa, que é a licença de instalação”, salientou o parlamentar.
Participante da audiência, o vereador Professor Adalmar ressaltou que a instalação do equipamento esportivo vai possibilitar um investimento nas áreas carentes da cidade. “É importante deixar registrado que a região de Guadalupe, Anchieta e todo o entorno têm os piores índices de desenvolvimento humano (IDH) e, hoje, temos a possibilidade de ter um investimento com o autódromo”, observou. Um autódromo que tem capacidade de receber 130 mil pessoas vai ajudar o comércio local e promover um crescimento do seu entorno”, sinalizou.
Integrante do Movimento Pró Autódromo, José Campiti comentou a importância do projeto para o movimento. “Nossa preocupação é que a cada dia que passa deixamos de ter um evento que vai auxiliar a cidade do Rio de Janeiro”, comentou, expressando sua preocupação quanto à demora para o início da obra.