O dia 17 de novembro é lembrado como o Dia Mundial do Combate ao Câncer de Próstata. Porém, não é só este mal que deve preocupar os homens. Levantamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostra que, entre 2017 e 2020, as doenças envolvendo o aparelho circulatório, como infarto, AVC e hipertensão, juntas, figuram como as que mais matam o público masculino, com 52.541 óbitos registrados no período. O câncer vem em segundo lugar, com 39.335 óbitos. O cenário se repete mesmo na faixa etária dos 30 aos 69 anos, que é o período considerado de morte precoce. A avaliação da SES é que eles estão morrendo de doenças que podem ser curadas ou tratadas.
Além disso, entre os tipos de câncer, o de próstata, ponto focal do movimento Novembro Azul, continua sendo o que mais acomete este público. Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que, em 2020, 6.440 novos casos a cada 100 mil habitantes tenham sido diagnosticados somente no estado do Rio. Em segundo lugar, aparecem os do aparelho digestivo (esôfago, estômago, cólon e reto), que, estima-se, somaram 4.120 novos casos a cada 100 mil habitantes.
De posse dos dados, a SES quer, neste Novembro Azul, provocar a reflexão para que os homens fluminenses cuidem mais da sua saúde, fazendo exames regularmente e procurando a rede de atenção à saúde, logo que apareçam os primeiros sinais de doença. Assim, contribuirão para modificar outra estatística: os homens têm cerca de sete anos a menos de vida do que as mulheres brasileiras, de acordo com a Tábua Completa de Mortalidade, levantada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019.
“É uma questão cultural. A mulher é mais preocupada com a sua saúde. O homem deve ter o mesmo cuidado. É importante eles lembrarem de procurar as unidades de atenção básica para controlar diversas doenças, entre elas, câncer, hipertensão, diabetes, manter suas vacinas em dia e realizar consulta com clínico para avaliar seu estado geral. A falta de cuidado prévio contribui para os homens terem menor expectativa de vida do que as mulheres”, alerta o secretário de Saúde, Alexandre Chieppe.
Campanha nas redes, metrô e ônibus
Para chamar atenção para a questão, a SES lançou na terça-feira (16/11) uma campanha nas suas redes sociais, mostrando várias atitudes que podem ser tomadas para evitar problemas de saúde. A campanha tem o apoio do MetrôRio e da Rio Ônibus que divulgarão as informações para o público nos monitores das composições e ônibus, além das estações do sistema metroviário.