Seguindo a rodada de entrevistas com os candidatos a prefeito de Nova Iguaçu, hoje é a vez de Dudu Reina (PP). Atual presidente da Câmara Municipal de Nova Iguaçu, ele conta com o apoio do prefeito Rogerio Lisboa e promete dar continuidade à gestão.
Além de concluir a duplicação do viaduto Dom Adriano Hipólito, que teve suas obras iniciadas há pouco tempo, quer ampliar o número de guardas municipais, climatizar escolas, implantar Centros de Atendimento Especializado em Saúde em cada URG, construir um hospital em Cabuçu e desenvolver um projeto itinerante para castração gratuita de cães e gatos. Confira entrevista abaixo:
ZM – Quem é Dudu Reina? Conte um pouco de sua trajetória.
Em 2020, me candidatei a vereador em Nova Iguaçu. Fui eleito com 8.167 votos, o terceiro mais votado da cidade. Como presidente da Câmara Municipal, sempre busquei projetos que garantam o desenvolvimento da cidade.
Toda a minha história foi construída em Nova Iguaçu. Nasci no antigo Hospital Iguassú, em 16 de outubro de 1980, e cresci no Jardim Imperial. Sou um apaixonado pela minha cidade, que me deu tudo que mais amo, como a minha filha Gabriela.
ZM- Quais ações pretende implementar na segurança? Convocar novos guardas municipais está dentro do projeto?
Como prometeu, o atual governo criou a Guarda Municipal. Eu vou aumentar o número de agentes, que deve chegar a 100 guardas até o fim de 2024, e ampliar a integração com as outras forças de segurança.
Quero implementar um Centro de Monitoramento de Segurança, com câmeras distribuídas pela cidade. Vamos instalar mais equipamentos nas principais vias do município, que serão monitoradas 24 horas. Graças ao investimento em tecnologia, teremos reconhecimento facial e das placas dos veículos.
Fomos a primeira cidade da Baixada a ter o Segurança Presente, fruto de uma boa relação com o Governo do Estado. Hoje, ele está nos bairros do Centro, Austin e Miguel Couto, com 76 policiais atuando no patrulhamento diário das ruas. É um programa importante, que vou levar para outros bairros.
No caso do Proeis (Programa Estadual de Integração de Segurança), um convênio firmado entre a Prefeitura e a Polícia Militar, vou reforçar ainda mais o projeto para chegar a mais bairros. Um termo de cooperação já foi assinado para que o efetivo seja aumentado. As Patrulhas Maria da Penha e Patrulha Escolar também ganharão reforços no meu governo.
Outra conquista da atual gestão junto ao Governo do Estado, e que terá toda a minha atenção, será o Batalhão de Polícia Militar, próximo ao Aeroclube, no bairro de Moquetá. Vou acompanhar a construção de perto e cobrar, se necessário, pois somos o quarto município em população no estado e o único que não tem um batalhão da PM para chamar de seu.
Também pretendo ampliar a Patrulha Municipal dos Direitos Humanos, que vai atuar em crimes de racismo, intolerância religiosa, maus-tratos a pessoas idosas e gêneros, em parceria com as secretarias de Segurança Pública e de Assistência Social.
Para obter recursos do Governo Federal para financiar as ações de segurança pública no município, vou criar o Fundo Municipal de Segurança Pública.
Não podemos esquecer da iluminação pública, fundamental para aumentar a segurança da cidade. Dos 69.932 pontos de iluminação de Nova Iguaçu, cerca de 55 mil já contam com lâmpadas de LED, mais eficientes. A ideia é alcançar a totalidade do município com essa melhoria.
ZM- Pretende promover mudanças na área da saúde ou permanecerá com o atual modelo de gestão?
Nos últimos oito anos, a saúde em Nova Iguaçu recebeu melhorias significativas. Este também será um dos pontos prioritários do meu governo.
Para melhorar o atendimento à população, vamos ampliar a rede municipal de saúde, com a construção de um novo hospital em Cabuçu. Hoje, são 60 unidades de atenção básica, cinco UPAs, o Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), que passou pela maior reforma em seus 42 anos, e o Hospital Iguassú, que foi reinaugurado após 14 anos fechado.
Também pretendemos reestruturar o prédio onde funcionava a antiga Maternidade Mariana Bulhões para a realização de cateterismo cardíaco, tratamentos voltados para a saúde da mulher, exames e cirurgias eletivas.
Outra meta é construir pelo menos um Centros de Atendimento Especializado em Saúde em cada URG. Com isso vamos ter um atendimento mais próximo da residência dos moradores, com maior disponibilidade de consultas e exames.
Vamos ainda levar para mais unidades de saúde o Projeto TEAbraçar, que oferece terapia para crianças de até 13 anos com Transtorno do Espectro Autista. Elas são atendidas por profissionais da psicologia, fisioterapia e fonoaudiologia, entre outros, com a participação ativa dos pais. Quero também criar o programa Farmácia em Casa para os portadores de doenças crônicas.
Para os pets, vamos desenvolver um projeto de castração gratuita itinerante. Também será construído um Centro de Controle de Zoonoses para vigilância, prevenção e controle de doenças transmitidas por animais.
ZM- Como pretende melhorar a mobilidade urbana da cidade?
Vamos analisar os pontos de maior congestionamento na cidade e atuar para solucioná-los. Também vamos duplicar o viaduto Dom Adriano Hipólito, que deve melhorar bastante a circulação de carros, assim como terminar a duplicação da Via Light no trecho até Cabuçu. Investiremos ainda na ampliação da pavimentação asfáltica em bairros periféricos.
Para os pedestres, vamos investir na melhoria das calçadas para facilitar seu uso e também a acessibilidade nas ruas de Nova Iguaçu.
Quero incentivar o uso de bicicletas no município. Vamos ampliar a rede de ciclovias e cobrar do Governo do Estado a construção da ciclovia da Estrada do Tinguá, que, além de melhorar a mobilidade, vai criar um importante eixo de turismo para a região.
Além desses projetos, vou conversar com as empresas de ônibus para que haja uma revisão dos trajetos das linhas dos coletivos, buscando aumentar a frequência de circulação dos ônibus municipais para um melhor atendimento da demanda da população e uma maior ligação interbairros.
ZM- Quais investimentos serão realizados na área da educação?
Nosso objetivo é ampliar o número de escolas e creches em período integral, aumentando as vagas disponíveis neste formato. Desde o início da gestão de Rogerio Lisboa, o número de escolas aumentou de 137 para 147, bem como o de estudantes, que agora são mais de 64 mil.
Vamos criar o programa Pé de Meia municipal, que irá pagar um valor mensal para cada aluno dos anos finais do ensino fundamental. Além disso, queremos ampliar o programa da bidocência e fazer com que o Rede SAEDAS, que leva vacinação, atendimento médico-odontológico e assistência social diretamente às escolas, tenha uma maior abrangência.
Pretendemos manter a sistemática de eleições adotada na administração Rogerio Lisboa, em que a escolha dos diretores das unidades é feita pela comunidade escolar, pondo fim às antigas indicações políticas para a ocupação do cargo.
Vamos concluir o programa de refrigeração das escolas, que Rogério já iniciou, e que chamamos carinhosamente de Cuca Fresca, porque é difícil aprender de cabeça quente. O programa vai instalar ar-condicionado nas escolas do município. Hoje, mais de 50% das escolas da rede já receberam os equipamentos e aguardam somente a instalação da infraestrutura da concessionária de energia.
ZM- Caso eleito, o mandato inicia no período das fortes chuvas de verão. Quais ações serão implementadas para evitar novas enchentes como as que ocorreram este ano?
Esse é um problema que nos preocupa desde o início da gestão de Rogerio Lisboa. Quando fui subsecretário de Infraestrutura, no primeiro mandato do atual prefeito, acompanhei de perto as obras que fizemos no Rio Botas, o principal da cidade. Retiramos cerca de 400 famílias que moravam às margens do rio. Demos apartamentos em dois empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida para 335 famílias e ressarcimos outras 61. Aumentamos a calha do rio, passando de 7 metros para 14 metros, para garantir uma maior vazão. Durante algum tempo, ficamos sem grandes enchentes. Mas, com as mudanças climáticas, a intensidade das chuvas nos últimos anos vem aumentando. É imprescindível que o Governo Federal contemple o Projeto Iguaçu no PAC. Não temos saída para o mar. O Botas deságua no Rio Iguaçu, em Belford Roxo. Os dois se juntam ao Rio Sarapuí, em Caxias, até chegar à Baía de Guanabara. Não adianta a gente intervir no município sem que os outros rios da Baixada não tenham intervenções.
Em outra frente, vamos ter projetos de macrodrenagem para mitigar os efeitos das enchentes que assolam a cidade, com a implantação de dispositivos de retardo (piscinões) e a criação de um cinturão verde nas encostas dos morros. Com isso, conseguiremos aumentar a absorção das chuvas pelo solo e reduzir a velocidade de descida da água, além de reter sólidos que vêm das encostas.
ZM– Um recado para os iguaçuanos que ainda não decidiram em quem votar:
É evidente que Nova Iguaçu melhorou muito nos últimos oito anos. Rogerio Lisboa arrumou as contas da cidade, acertando as folhas salariais dos funcionários que estavam atrasadas e negociou as dívidas com credores. Ele investiu em todas as áreas, da saúde à segurança, passando pela educação, assistência social e infraestrutura. Não podemos deixar que esse legado seja deixado de lado. Por isso, peço que o eleitor pense em como estava a cidade antes dele. Se eu for o escolhido, me comprometo a dar continuidade à ótima gestão do Rogerio e a avançar mais ainda em todas essas frentes por amor à Nova Iguaçu.
Assim como Rogerio, eu vou visitar os bairros para ouvir os moradores e fiscalizar as ações da Prefeitura. Estar ao lado da população, ouvindo seus problemas e criando soluções, é a melhor forma de governar.