Max Lemos
É inacreditável o que tenho ouvido em Nova Iguaçu sobre a falta de abastecimento de água. Por onde eu ando, a reclamação tem sido a mesma. Na última visita que fiz ao bairro Cerâmica, próximo ao Centro, soube que a região já está há dois meses sem cair uma gota de água. Mas o problema existe há mais de 40 anos. E a situação se repete em diversos outros bairros iguaçuanos.
A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (CEDAE) é a responsável pela distribuição de água e por prestar serviços de saneamento no estado do Rio de Janeiro. Mas sempre digo que o prefeito é eleito para mudar a vida das pessoas. Não é possível ficar esperando o estado resolver o problema, enquanto a população sofre, sem uma única gota de água para fazer seus serviços básicos. O prefeito não deve se omitir.
Como pode uma dona de casa não ter água para cozinhar e fazer a limpeza da sua residência? Um trabalhador que passa o dia todo na rua e chega em casa e não ter o direito de tomar um banho para poder descansar? A água potável é um direito essencial para o pleno gozo da vida e de todos os direitos humanos, reconhecido pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Quando fui prefeito em Queimados, a cidade tinha apenas 23% de cobertura de água e saneamento. Lá, arregaçamos as mangas e desenvolvemos um grandioso projeto, em parceria com o governo do estado, no intuito de erradicar de vez, a falta d’água na cidade. Foram investidos cerca de R$ 150 milhões para a construção de 80 quilômetros de novas redes de água potável, cobrindo mais de 80% de toda cidade. Mudamos a realidade da população na cidade vizinha. Enfrentar esse problema é um dos grandes desafios para o futuro. Max Lemos é Deputado Estadual (PSDB)