A Secretaria de Saúde de Minas Gerais investiga suspeita do primeiro caso de coronavírus no Brasil. Trata-se de uma mulher brasileira de 35 anos que esteve recentemente na cidade chinesa de Shangai e chegou a Belo Horizonte no dia 18 de janeiro com sintomas respiratórios compatíveis com aqueles associados ao coronavírus.
O caso é tratado como suspeito e não como uma confirmação. A paciente foi levada ao Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte, e as medidas assistenciais para redução de risco foram tomadas. Segundo a secretaria, a paciente está clinicamente estável.
A paciente relatou à equipe de Vigilância em Saúde da secretaria que não esteve na região de Wuhan, na China, onde foram registrados casos de transmissão ativa da doença. O caso segue sendo investigado e os exames para confirmar ou descartar a possibilidade de se tratar do coronavírus estão em andamento.
Apesar da investigação feita pela secretaria em Minas Gerais, o ministério da Saúde disse, em nota, que o caso “não se enquadra na definição de caso suspeito”. Ao fazer essa afirmação, a pasta considera o fato da paciente não ter estado em Wuhan.
“De acordo com a definição atual da Organização Mundial de Saúde (OMS), só há transmissão ativa do vírus na província de Wuhan”. O ministério também esclareceu que está monitorando a situação e outras medidas cabíveis serão tomadas assim que a OMS definir a situação de emergência.
Os sinais e sintomas clínicos do coronavírus, também chamado de pneumonia indeterminada, são, principalmente, febre, dor, dificuldade em respirar em alguns pacientes e infiltrado pulmonar bilateral.
China tem 17 mortes causadas pelo coronavírus
Aumentou para 17 o número de mortes decorrentes da infeção pelo novo tipo de coronavírus detetado na China, confirmaram ontem (22) as autoridades do país. O número de pessoas infectadas subiu para mais de 550. No mesmo dia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reúne-se para decidir se deve declarar uma “emergência de saúde pública de interesse internacional”.
O balanço da progressão do coronovírus foi divulgado pelas autoridades de Wuhan, no centro da China, cidade onde o surto começou no mês passado.
A Comissão Nacional de Saúde chinesa havia alertado hoje que o novo tipo de coronavírus poderia “sofrer mutações e espalhar-se mais facilmente”.
O fato é que a maioria dos infetados são da província de Hubei, cuja capital é Wuhan – um importante centro de transporte doméstico e internacional, e as autoridades apelam para que as populações que não viajassem para esta cidade chinesa, por suspeitar ser o ponto originário do vírus.
“Basicamente, não vão para Wuhan. E aqueles que estão em Wuhan, por favor, não saiam da cidade”, afirmou hoje Li Bin, vice-diretor da Comissão Nacional de Saúde da China.
A população residente também foi alertada para evitar multidões e encontros em espaços públicos.
OMS avalia hipótese de “emergência de saúde pública internacional”.
As autoridades chinesas confirmaram que a situação no país está na fase “mais crítica” da prevenção e controle.
O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde se reúne em Genebra, na Suíça, com vista para avaliar a situação e a possibilidade de se declarar emergência de saúde pública internacional, assim como para determinar que recomendações para controlar o coronavírus.