O pré-candidato a prefeito de Nova Iguaçu, Max Lemos, recebeu na manhã de segunda-feira (31), no Centro Social São Vicente (Patronato), uma série de propostas para compor as páginas do seu Plano de Governo Participativo (PGP). O assunto em debate foi o Desenvolvimento Urbano de Nova Iguaçu. Arquitetos urbanistas, engenheiros, professores, representantes comunitários, permissionários de Vans e motoristas de aplicativos estavam entre os participantes. Eles traçaram diagnósticos para vários problemas, como o caos no trânsito e a falta de acessibilidade, comum em todo o município.
Max Lemos que já foi secretário de Transportes da cidade na década de 90 mostrou conhecer bem os problemas enfrentados pela população. “Sempre destaquei a importância da organização da mobilidade urbana para a vida do cidadão. Em Nova Iguaçu se gasta 50 minutos de carro e ônibus em um trajeto de apenas dois quilômetros. Perde-se muito tempo. As pessoas precisam ter facilidade para chegar rápido de casa para o trabalho, ou para a escola, enfim, para os seus compromissos. Por isso que digo que planejar o desenvolvimento urbano, a mobilidade, o transporte, é fundamental para o crescimento de uma cidade, ainda mais para um município da importância de Nova Iguaçu”, disse.
Propostas técnicas registradas
Os arquitetos urbanistas, Eduardo Brandão, Fábio Bruno e Luney Martins, todos com atuação profissional na região, lamentaram a falta de planejamento urbano na cidade nos últimos anos. “O centro do município é exclusivamente comercial e os bairros acabam se tornando dormitórios periféricos. Uma de minhas propostas é alargar as principais vias de acesso aos bairros, principalmente a Estrada Abílio Augusto Távora (antiga Estrada de Madureira), que tem 27 quilômetros do Shopping Nova Iguaçu até o KM 32. Isso iria gerar um impulsionamento imobiliário gigantesco. O mesmo para Tinguá, pois levaria mobilidade, transporte, sinalização, acessibilidade para aquela região”, sugeriu Brandão que também criticou a falta de conexão entre a estação ferroviária até a rodoviária.
Ampliação da Via Light
Max garantiu que não vai abrir mão do complemento da Via Light até a Estrada Cabuçu/Queimados para desafogar o trânsito na Estrada de Madureira. “Já existe uma indicação legislativa do nosso mandato sobre este projeto”, anunciou. Outra medida que o deputado fez questão de destacar é a organização do trânsito no KM 32. Segundo ele, ações de mobilidade vão fazer o trânsito fluir melhor a partir de Cabuçu, desenvolvendo aquela parte da periferia do município.
“Alargamento da Estrada de Madureira também é possível. Incrível como até hoje não perceberam que aquele engarrafamento atrapalha o crescimento da cidade. Outra medida é o alargamento da ponte no KM 32 até a cabeceira da Estrada de Madureira, facilitando o acesso de Cabuçu até a antiga Rodovia Rio São Paulo. É uma via federal e podemos fazer um convênio. Se não fizeram, ao longo dos anos foi por falta de compromisso com a população”,relatou Max.
Foram apresentadas várias sugestões. Entre as mais citadas, a construção de uma nova rodoviária para embarque e desembarque de passageiros no sentido sul do município. “É sem dúvida uma grande ideia para diminuir a permanência de paradas de ônibus nas principais ruas do centro. Assim estaremos valorizando o comércio. No calçadão da Avenida Amaral Peixoto, um dos principais centros comerciais do Estado do Rio de Janeiro, circulam cerca de 200 mil pessoas diariamente. Isso tem que ser considerado, é receita para a cidade”, disse Max Lemos. Motoristas de transportes alternativos, como Vans, aplicativos e moto táxis pediram que a legalização do transporte no município também seja incluída no PGP. Hoje a Prefeitura não é parceira do motorista. Não temos liberdade para trabalhar”, declarou Rafael, motorista do Uber. “Já tenho em minhas mãos as propostas. Vamos conversar com a categoria e traçar o que for melhor para o bom funcionamento do trabalho e para o bem estar da população”, afirmou Max Lemos.
Só alargar via não é a solução!! tem que investir em trasporte publico colético melhor, tem que oferecer uma alternativa de mobilidade por bicicletas com segurança e locais adequados para trancar elas. olhem os exemplos de países de fora ou até mesmo de alguns estados aqui do Brasil que tendem a adotar a bicicleta como um meio de transporte viável.