Marcha Para Jesus do Rio de Janeiro teve oração, música e até pedido de casamento no palco

Mais de 100 mil pessoas caminharam em uma grande concentração de fé pelas ruas do centro do Rio de Janeiro no último sábado (19), quando aconteceu a 16ª edição da Marcha Para Jesus do Rio de Janeiro. Mais de 300 ônibus vieram de várias partes do estado trazendo uma multidão disposta a defender sua liberdade de expressão e adorar a Deus.

Patrocinada pela Prefeitura do Rio e organizada pelo Conselho de Ministros Evangélicos do Rio de Janeiro (Comerj), a Marcha Para Jesus deste ano contou com seis trios elétricos que partiram da Avenida Presidente Vargas até a Praça da Apoteose onde mais de 20 artistas se apresentam no palco principal, como a cantora Maria Marçal, que é uma das revelações da música gospel nacional.

“Foi uma honra para mim estar aqui e louvado seja Deus porque Ele superou as nossas expectativas. Já vim à Marcha outras vezes no meio do público sonhando com o dia em que ia cantar no palco e hoje a única palavra que tenho em minha mente é gratidão”, declarou a cantora.

Bastante democrática, a festa abraçou os mais variados estilos musicais, como o pentecostal, a adoração, o pop, o rock, a música eletrônica, o pagode, o forró e o trap, mostrando a pluralidade do gospel no cenário musical. Além de Maria Marçal, o público pôde celebrar ao som de Eli Soares, Midian Lima, Sarah Beatriz, Samuel Messias, Cassiane, Arthur Callazans, Marcus Salles, Apascentar Music, Comunidade Evangélica Internacional da Zona Sul, Vaneyse e Galo Jacó, Gospel Night, Lagoinha Worship, Projeto Vida Nova de Irajá, Waguinho, Ministério Sarando a Terra Ferida, Ministério Nova Jerusalém, Banda Som e Louvor, Dan Nascimento, Nesk Only e Brunno Ramos. 

Presidente do Comerj desde 2021, o pastor Claudio Duarte declarou que a Marcha teve 20% a mais de público comparada a do ano passado, que marcou o retorno do evento ao Rio de Janeiro após o período de reclusão causada pela Covid-19. Para ele, o sucesso do evento é uma resposta de Deus e destacou a importância do tema defendido neste ano que é a liberdade de expressão.

“Com esse tema nós queremos resguardar a liberdade de todos. É entender que, quer minoria, quer maioria, as pessoas têm o direito de defender suas bandeiras, suas cores, suas crenças. Não estamos defendendo isso para calar os outros, nós estamos defendendo isso para que todos tenham voz. Nós notamos que havia um movimento que estava querendo dar voz aos outros e calar a da igreja, então nós estamos lutando para que todos tenham espaço”, garantiu o pastor.

Realizada no Rio de Janeiro desde 1998, a Marcha Para Jesus ganhou reconhecimento de Patrimônio Cultural Imaterial do Estado, por meio da Lei 10.072/2023, que foi aprovada pelo governador Cláudio Castro e publicada em uma edição extra do Diário Oficial do dia 24 de julho de 2023. 

FOTO Samuel Reis

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