Na volta às aulas, os alunos do ensino fundamental, do ensino médio e da educação de jovens e adultos (EJA) do Estado do Rio de Janeiro terão que tomar medidas adicionais de prevenção e controle para evitar o contágio pelo Covid-19 no meio escolar. As recomendações – uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), manutenção frequente dos aparelhos de ar-condicionado, distanciamento de um metro a um metro e meio e desinfecção e limpeza dos ambientes – fazem parte de manual elaborado pela Superintendência da Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde (SES).
A cartilha também orienta como atuar diante da ocorrência de algum caso suspeito de coronavírus na escola. Há também orientações para a distribuição das mesas e carteiras em salas. Elas devem ser dispostas junto das paredes e janelas, de acordo com a estrutura física das salas de aula, evitando que os alunos fiquem de frente uns para os outros. Os bebedouros, em que os alunos colocam a boca diretamente no jato d’água, deverão ser lacrados.
O manual reforça que o transporte escolar deve ficar com as janelas abertas para a renovação de ar. Os motoristas dos veículos, os professores e os orientadores educacionais devem exigir a utilização de máscaras e de álcool em gel, a higiene das mãos e a observação da conduta correta ao tossir e espirrar, além dos cuidados ao usar o refeitório e a biblioteca.
Para a subsecretária de Vigilância em Saúde (SVS), Cláudia Mello, a cartilha serve com uma guia para que as unidades possam funcionar com segurança na retomada das atividades escolares.
“Elaboramos o manual obedecendo as normas da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária com a finalidade de reforçar as ações de proteção. São recomendações importantes que abordam questões de higiene pessoal, chegada à escola, utilização de sanitários e limpeza e desinfeção das escolas. Na situação mais aguda, que é a identificação de um caso suspeito de coronavírus em ambiente escolar, o procedimento é promover o isolamento do paciente em área já previamente definida e informar a ocorrência à Vigilância Epidemiológica da região para providenciar a assistência. A vigilância deve ser constante e a responsabilidade compartilhada entre todos”, adverte Cláudia.
O Manual
De acordo com o manual, a volta às aulas deve ocorrer de forma planejada e gradual, reduzindo ao máximo qualquer possível contato com o vírus. Para isso, as escolas devem adotar procedimentos de desinfecção e limpeza em seus ambientes, evitar aglomerações e não compartilhar entre os alunos talheres, pratos e copos.
Nas recomendações gerais, o manual reforça importância da higiene, especialmente entre os funcionários das cantinas e dos refeitórios, ao chegar à escola e após manusear dinheiro. O uso de máscaras é indicado para funcionários e alunos, e a troca das máscaras deve ocorrer a cada duas horas, bem como o uso de álcool em gel. Para renovação do ar, portas e janelas devem ser mantidas abertas.
Na biblioteca, o profissional responsável pelo setor deve usar luvas descartáveis para receber os livros. Uma vez usada, a publicação deve ficar em estantes separadas por um período de cinco dias, não podendo ser emprestada nem recolocada no acervo antes deste prazo.
Com relação à alimentação, deve ser elaborado um plano de distribuição de refeições que reduza o contato entre as pessoas, com novos horários de lanches e almoço das turmas, a fim de ser evitar aglomerações. Os profissionais que manipulam alimentos devem ser treinados com o propósito de evitar a propagação da doença.
Para aperfeiçoar as rotinas de limpeza, o manual de volta às aulas recomenda o uso frequente de detergente e de desinfetantes no chão e em paredes, maçanetas das portas, corrimãos, teclados e celulares. Já o uso de água e sabão é indicado para remoção de restos de alimentos, em locais com terra e outras superfícies.
FOTO Carlos Magno