Você já ouviu falar em caixa blindada? Ela tem sido o motivo de muitas reclamações da população em Nova Iguaçu. O medidor eletrônico de energia é instalado dentro de uma caixa trancada, no alto do poste. Se alguém tenta abrir a caixa, toda a rede da rua é desligada automaticamente. E tem que ter muita paciência para que seja religada. As pessoas ficam sem luz em suas casas e a iluminação pública é cortada. Durante quase cinco horas, a audiência pública realizada pela Câmara Municipal de Nova Iguaçu, pela iniciativa do mandato do vereador Carlinhos BNH, durante a manhã de hoje (17/02), discutiu este e outros problemas com os representantes da Light. Vários representantes dos moradores tiveram voz para relatar o que vivem no seu dia a dia.
Daniel Carvalho Mendonça, superintendente de Relações Institucionais da Light no Estado do Rio, fez parte da mesa, e junto com sua equipe, se comprometeu a parar com as instalações das caixas blindadas até que todos os problemas sejam verificados e solucionados. Um vídeo apresentou o aumento do valor de contas, sem nenhuma justificativa, de R$ 95,00 para quase R$ 1 mil, por exemplo.
O vereador BNH fez questão de frisar a importância, depois de muito tempo, da abertura de um canal de diálogo com a empresa. “Esperamos por isso há vários anos. As reclamações são milhares. População não tem tido resposta para ficar sem iluminação pública e ser obrigada a pagar uma conta abusiva. Penso que agora vamos conseguir intermediar esta relação. A maioria das pessoas quer pagar seu consumo de forma certa e justa”, explicou Carlinhos.
O vereador Claudio Haja Luz, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor da CMNI, disse que a Light precisa divulgar, de forma clara, o benefício da tarifa social que a população de baixa renda tem direito. “A maioria nem sabe como requerer. Já ta na hora do contrato 001/1996, assinado entre o município e a Light, ser revisto. Precisamos acertar estes ponteiros. São muitas irregularidades”, afirmou.
Para o vereador Dr. Marcio Guerreiro, vice-presidente da Comissão dos Consumidores, a empresa realiza mudanças e nem comunica nada aos usuários do serviço de energia elétrica.
O presidente da Câmara Municipal, Dudu Reina, lembrou que as caixas blindadas representam falta de segurança para a população “As vias ficam às escuras do nada. Não adianta a Prefeitura colocar iluminação de led. Quando pensamos que estamos evoluindo, regredimos”, disse.
O vereador Felipinho Ravis lembrou que todas as lâmpadas de led colocadas pela Prefeitura, nas vias, no bairro Monte Líbano, estão apagadas. O secretário de Serviços Públicos, Douglas Mucciolo explicou que eles não conseguem abrir as caixas blindadas: “A Light realiza troca na rede e deixa a iluminação pública apagada”.
Mas a audiência pública acendeu uma luz no fim do túnel. Todas as demandas trazidas pela população serão analisadas, de forma aberta e clara, pelos representantes da Light. O compromisso foi firmado hoje.
Além de Daniel Mendonça, estiveram presentes Dreyfus Vasconcelos, superintendente de atendimento ao consumidor; Thiago Attias, gerente de planejamento; Edinaldo Peronico, gerente de operação de energia; Janine Santos, gerente de serviços ao atendimento ao cliente; Giovanna Maurício, gerente de sustentabilidade; e Raimundo Santa Rosa, gerente de poder público e comunidade.
Vereador Marcio Guerreiro 
Superintendente da Light, Daniel Carvalho 
Vereador Felipinho Ravis 
Vereador Claudio Haja Luz 
Presidente da Casa, Dudu Reina 
Luís Fabiano, subsecretário de Serviços Públicos 
Silvio Moura, morador bairro Monte Líbano 
Israel Ribeiro, morador de Cabuçu 
Carlos Alberto 
Claudio Haja Luz, Carlinhos BNH, Douglas Mucciolo e Daniel Carvalho