Japeri inaugura Centro de Referência de Atendimento à Mulher nesta sexta

Um lugar para ser ouvida, acolhida, tratada e orientada juridicamente, assim será o atendimento do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), que a Prefeitura de Japeri entrega à população nesta sexta-feira (30/06). A inauguração será realizada pela Prefeita Dra Fernanda Ontiveros com a presença de  ministros, autoridades estaduais e municipais, lideranças e familiares da japeriense, Alvanira de Souza, que dá nome ao local.

O espaço é o primeiro da Baixada Fluminense e fica localizado no bairro São Jorge, em Engenheiro Pedreira. A obra é fruto de emenda parlamentar da deputada federal, Rosangela Gomes, que destinou mais de 1 milhão de reais para que as mulheres japerienses pudessem ter um espaço completo de atendimento e garantia de direitos.

A Prefeita, Dra. Fernanda Ontiveros, relata que segundo os dados do Dossiê do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, a cidade de Japeri registrou desde 2014,  5831 casos de violência contra as mulheres. “Não podemos aceitar que as mulheres sejam vítimas de qualquer tipo de violência. Esse é mais um equipamento que vamos inaugurar para reforçar essa proteção. Mas, precisamos que toda a sociedade esteja atenta e nos ajude denunciando os casos”, disse.

O espaço, classificado como um dos presentes no 32º aniversário da cidade, vai ofertar atendimento e acompanhamento psicológico, social e jurídico realizado por equipe multidisciplinar especialmente preparada para este fim; além de auxílio na obtenção do apoio jurídico necessário a cada caso específico; orientação sobre prevenção, apoio e assistência às mulheres em situação de violência; articulação com outras instituições para o acesso aos programas de educação formal e não formal e os meios de inserção no mundo do trabalho.

Quem foi Alvanira

A japeriense Alvanira de Souza tinha apenas 28 anos quando foi morta pelo marido, no início da madrugada do dia 17 de novembro de 1986, na casa da família, enquanto seus filhos, Ed e Edgar, de 4 e 2 anos, respectivamente, dormiam.  Foi vítima de um marido que não aceitou a separação, como  acontece até os dias de hoje. O ato insano surpreendeu a todos e pois fim aos sonhos da jovem que  trabalhou na Caixa Econômica e chegou a cursar direito na Universidade de Nova Iguaçu, sempre com foco na melhoria de condições de vida de seus filhos.

                                          FOTO Lucas Alexandre

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