Entre janeiro e março deste ano, as internações e os óbitos de idosos acima de 80 anos diminuíram. Segundo o levantamento da Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SVS), da Secretaria de Estado de Saúde (SES), as reduções relativas ao período chegam a 49% nas internações e a 44% nos óbitos decorrentes de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de pacientes acima de 90 anos. Já em relação a idosos com mais de 80 anos, as quedas são de 22% para mortes e 33% para hospitalização. A comparação foi feita entre os meses de janeiro e março, considerando as semanas epidemiológicas 01 a 04 (03 a 30/01), e 09 a 12 (28/02 a 27/03). A principal hipótese é que o início da vacinação para essa faixa etária tenha causado a redução.
“Desde o primeiro lote de vacinas que chegou ao nosso Estado, a Secretaria de Saúde não mediu esforços para que, de forma rápida, as doses fossem enviadas aos municípios. Toda nossa operação logística é feita pensando no resultado, na ponta, na vida de cada cidadão. Constatar esta redução de óbitos e internações, com pouco mais de dois meses de vacinação, associada a outras medidas, nos dá esperanças da reversão do cenário atual da epidemia”, disse o secretário de Estado de Saúde, Carlos Alberto Chaves.
Até o momento, 329.062 idosos com 80 anos ou mais já foram vacinados no Estado do Rio de Janeiro. Ao todo, até a manhã desta segunda-feira (05/04), 1.316.104 pessoas foram vacinadas, e 374.909 já receberam a segunda dose. A expectativa é que nos próximos dias uma nova remessa de vacinas seja entregue pelo Ministério da Saúde.
“Ainda que os números sejam positivos, seguimos analisando os dados registrados para fundamentar os efetivos resultados da vacinação. Além disso, destacamos que a pandemia continua e as medidas de restrições e prevenção devem permanecer sendo seguidas, como o uso obrigatório de máscara, a frequente higienização das mãos e o distanciamento social. Precisamos continuar avaliando esses dados para que tenhamos informes cada vez mais precisos”, ressalta a subsecretária de Vigilância em Saúde, Cláudia Mello.
Monitoramento de variantes
Na última semana, a Secretaria de Estado de Saúde iniciou um dos maiores sequenciamentos de variantes da Covid-19 do país. O estudo tem investimento de R$ 1,2 milhão e irá analisar 4.800 amostras nos próximos seis meses, com o objetivo de monitorar a evolução das variantes da Covid-19, melhorar ações epidemiológicas e possibilitar a ampliação precoce de números de leitos e de medidas restritivas, além de identificar a incidência das novas cepas na população fluminense.
O estudo, que busca entender mais sobre as modificações sofridas pelo SARS-CoV-2, irá analisar 400 amostras a cada 15 dias. Atualmente, está na fase de compras de insumos e separação de amostras. O objetivo é que os primeiros vírus sejam sequenciados na segunda quinzena de abril.
Financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) – com recurso de R$ 1,2 milhão – a iniciativa que tem como idealizadora a subsecretária de Vigilância em Saúde da SES, Cláudia Mello, conta ainda com a parceria do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, do Lacen, da Fiocruz e da Secretaria Municipal de Saúde do Rio.
Foto: Maurício Bazílio / Divulgação SES