Em homenagem ao Bicentenário da Independência do Brasil (7 de setembro), o Instituto de Educação Santo Antônio (IESA), em Nova Iguaçu, lança o projeto “Brasis: o ecoar de suas vozes“, que acontece de 28/08 a 1/09. Durante uma semana, os alunos participarão de oficinas e debates que abordarão temas envolvendo a letra do enredo da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis de 2023, “Brava Gente! O grito dos excluídos do Bicentenário da Independência”.
A escola irá também realizar uma exposição com a bandeira “Por um novo nascimento”, a mesma usada em uma das alegorias do desfile da Beija-Flor, e que estava em exposição no Museu de Arte Moderna (MAM Rio), além de palestras para os alunos envolvendo agentes culturais do carnaval, com oficinas de lettering e escrita criativa.
No dia 29, a exposição será aberta ao público em geral, das 9h às 16h. É a primeira vez que a bandeira será exposta na Baixada Fluminense. A exposição é gratuita e ficará na quadra de esportes da unidade, na rua. Dr. Barros Júnior, 1124, Centro.
Nos demais dias, a exposição será apenas para alunos.
Com 16 metros de comprimento e 11 metros de largura, a bandeira tem significados simbólicos para as cores originais da bandeira brasileira e foi confeccionada pelo produtor de carnaval e artista de lettering, Guto Cavalcanti, ex-aluno do IESA. O azul representa a inclusão e a participação na diversidade de gêneros; o branco, a igualdade de classes; o amarelo, o respeito ao direito de todas as raças; e o verde, o direito à vida digna.
A escolha do tema veio de encontro ao projeto pedagógico realizado no início deste ano pela escola com as turmas do Ensino Médio, realizando uma análise histórica do samba-enredo, evidenciando a voz dos grupos excluídos do processo de ruptura política do Brasil com Portugal no ano de 1822.
“A letra do enredo apresentado na avenida pela Beija-Flor, fez um convite ao público a pensar o 7 de Setembro eternizado por uma história pelo grito inabalável do povo brasileiro, em especial, do norte e nordeste, a protagonizar a luta pela liberdade, justiça e igualdade. O projeto vai trazer para comunidade escolar o reconhecimento dos diversos “Brasis” que nos inspiram e a lutar pela construção do nascimento de um novo país, sem a ordem excludente e hierárquica que marca a nossa história”, destaca a professora de história, Cíntia Beñak, uma das idealizadoras do projeto, juntamente com as Andrea Macena (história) e Ana Luísa Guimarães (português).