Mesmo com a falta de equipamentos primordiais e com salários atrasados, profissionais seguem fazendo um serviço de excelência ajudando a salvar vidas
Diante da pandemia do novo coronavírus, o sistema público de saúde se tornou ainda mais sobrecarregado com centenas de pessoas buscando atendimento com sintomas da Covid-19. Até mesmo a rede privada vem sofrendo os impactos devido ao aumento do número de casos nas últimas semanas.
Apesar da grande procura por atendimento, duas unidades públicas da Baixada Fluminense estão conseguindo dar conta da alta demanda: o Hospital Municipal de Belford Roxo e a Unidade do Lote 15.
Entre os pacientes atendidos, é grande o número de pessoas, até mesmo de outros municípios, que relatam a satisfação no atendimento nas duas unidades públicas localizadas em Belford Roxo.
“O Hospital Municipal de Belford Roxo está prestando um ótimo serviço. Acabo de sair de lá acompanhando meu irmão, e não tenho do que reclamar. Recebemos um ótimo atendimento”, diz uma mensagem veiculada nas redes sociais. “Pelo atendimento que recebemos de primeira qualidade, muito agradecida a todos os trabalhadores e ao prefeito que o mantém. Tanto eu como minha filha fomos muito bem tratadas em tudo que precisamos”, disse na rede Valmira Garçone.
Sr. Veríssimo também foi atendido na unidade e fez questão de deixar seu relato. “Eu tive um atendimento excelente no Hospital Municipal de Belford Roxo. Fui tratado com dignidade. Jeová colocou esses anjos na minha vida. Foram eles que me salvaram pois eu cheguei aqui muito mal. Agradeço a essa equipe maravilhosa que foi fundamental na minha recuperação.”
É grande o número de mensagens agradecendo o empenho e dedicação dos funcionários das duas unidades no atendimento. Além de emocionar quem atua nessa difícil missão, na linha de frente contra a Covid-19, mostra um reconhecimento à gestão do prefeito Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho, reeleito com 80,40% dos votos, graças a excelência no comando do município.
Apesar disso, profissionais que atuam nas duas unidades reclamam que a falta de aparelhos imprescindíveis na luta contra a Covid-19 e o atraso nos salários desmotivam a estarem diariamente na linha de frente no enfrentamento a essa nova doença.
Até terça-feira (15), segundo alguns funcionários do hospital e da unidade do Lote 15, os salários não tinham sido pagos. Mesmo assim, ressaltam que ninguém deixou de trabalhar.
Preocupados com o aumento do número de casos pelo novo coronavírus, funcionários alertam que é primordial o retorno de equipamentos que foram retirados de lá no dia 18 de agosto e levados para outra unidade. “São 20 respiradores multiprocessados, 20 monitores cardíacos e 20 bombas de infusão que estão fazendo muita falta para pacientes com a Covid-19 em situação de emergência. Isso ajudaria bastante a prestar um atendimento ainda melhor. Se o secretário de Saúde puder nos ajudar nisso esperamos que na próxima visita ele traga os aparelhos de volta, em vez de, com todo respeito, gente sem experiência na área para direcionar como deve ser feito o atendimento.”, disse um profissional que não quis se identificar.