Os homicídios dolosos registraram queda de 20% no estado do Rio de Janeiro em agosto deste ano, na comparação com o mesmo período de 2019. Esse foi o menor número para o indicador no mês de agosto em toda a série histórica, iniciada em 1991 pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). No total, foram contabilizadas 320 mortes em agosto de 2019 e 256 em agosto de 2020.
O estado registrou ainda redução de 11% dos homicídios dolosos nos oito primeiros meses de 2020, em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a agosto deste ano, foram 2.413 vítimas contra 2.723 em 2019. O ISP registrou também queda no número de latrocínios (roubo seguido de morte). Foram 58 vítimas nos oito primeiros meses de 2020, 29 mortes a menos do que no mesmo período de 2019. Em agosto deste ano, foram registrados 11 roubos seguidos de morte.
“A integração entre as polícias Civil e Militar e os investimentos em inteligência têm se refletido nos índices de criminalidade, com redução expressiva em crimes como homicídios dolosos, roubos de rua e latrocínio. Vamos trabalhar para continuar a avançar na política de segurança, que é nossa prioridade, garantindo a qualidade de vida dos cidadãos fluminenses”, disse o governador em exercício, Cláudio Castro.
Outros indicadores estratégicos
▪ Crimes violentos letais intencionais (homicídio doloso, roubo seguido de morte e lesão corporal seguida de morte): foram 2.492 vítimas nos oito primeiros meses de 2020 e 269 em agosto. Esses números representam os menores para o acumulado e para o mês desde o início da série histórica, em 1999. Na comparação com o ano passado, o indicador apresentou queda de 12% em relação ao acumulado do ano e de 18% em relação a agosto de 2019.
▪ Morte por intervenção de agente do Estado: foram 878 mortes nos oito primeiros meses de 2020 e 50 em agosto. Na comparação com o ano passado, o indicador apresentou queda de 30% em relação ao acumulado do ano e de 71% em relação a agosto.
▪ Roubo de carga: foram 3.516 casos nos oito primeiros meses de 2020 e
416 em agosto. Na comparação com o ano passado, o indicador apresentou queda de
33% em relação ao acumulado do ano e de 29% em relação a agosto.
▪ Roubo de veículo: foram 17.407 ocorrências nos oito primeiros meses de
2020 e 1.793 em agosto. Na comparação com o ano passado, o indicador apresentou
queda de 38% em relação ao acumulado do ano e de 44% em relação a agosto.
▪ Roubo de rua (roubo a transeunte, roubo de aparelho celular e roubo em
coletivo): foram 49.201 registros nos oito primeiros meses de 2020 e 5.414 em
agosto. Na comparação com o ano passado, o indicador apresentou queda de 42% em
relação ao acumulado do ano e de 45% em relação a agosto.
Monitor da violência doméstica e familiar contra a mulher
Desde a adoção do distanciamento social no Estado do Rio de Janeiro, em 13 de março, até o dia 31 de agosto, houve redução das ocorrências de “Violência Contra a Mulher” registradas nas Delegacias da Secretaria de Estado de Polícia Civil: 43,2% do número de mulheres vítimas de Violência Moral; 43,1% de Violência Patrimonial; 39,7% das vítimas de Violência Psicológica; 27,9% das vítimas de Violência Sexual; e de 27,9% das vítimas de Violência Física.
Os crimes tipificados pela Lei Maria da Penha também apresentaram diminuição: 30,0%.Apesar da queda dos registros das transgressões analisadas, a proporção de crimes mais graves que ocorreram em casa aumentou. No período estudado em 2020, 67,1% dos crimes de Violência Sexual (58,3% em 2019) e 66% dos de Violência Física (60,2% em 2019) aconteceram dentro de casa.
O número de ligações para a Central de Atendimento do Disque Denúncia apresentou redução de 19,1% para casos de “Violência contra Mulher”. Por outro lado, o Serviço 190 da Polícia Militar apresentou aumento na quantidade de ligações sobre “Crimes contra a Mulher” (12,2%), na mesma comparação de datas. No entanto, em uma análise mais minuciosa ao longo desse período, observa-se que, desde o final de maio, o registro de vítimas mulheres vem aumentando. Em agosto de 2020, nota-se que os números estão voltando a se aproximar do patamar observado em 2019. Na última semana de agosto, contudo, os registros relacionados à violência sexual, psicológica e moral caíram notadamente na comparação com 2019.
Já o número de ligações para o 190 e para o Disque Denúncia permanece relativamente estável nos últimos meses do período de isolamento.Na análise mensal, os números de vítimas de feminicídio e de tentativa de feminicídio caíram em agosto deste ano se comparados com o mesmo mês de 2019. No último mês, foram registradas três vítimas de feminicídio (contra 6 em agosto de 2019) e 17 vítimas de tentativa (contra 34 em agosto de 2019).O total de vítimas mulheres de crimes que foram registrados sob a Lei Maria da Penha apresentou uma queda de 4,2% em agosto de 2020 em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Houve aumento de 6,9%, se comparado ao total de registros de julho de 2020.Os crimes de lesão corporal dolosa e ameaça apresentaram queda de 9,5% e 11%, respectivamente, no número de vítimas mulheres no mês de agosto de 2020 em comparação a agosto de 2019. Já o crime de estupro teve um aumento de 6,5% no número de vítimas mulheres, quando comparado ao mesmo mês do ano anterior. Em paralelo com o mês de julho de 2020, houve aumento do número de vítimas para os três delitos: 3,4% a mais para lesão corporal dolosa, 13,4% para ameaça e 24,8% para as vítimas de estupro.
Os dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública são referentes aos registros de ocorrência lavrados nas delegacias de Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro.