Governo do Rio intensifica apreensão de armas, mas as fronteiras continuam sendo um desafio

Como fuzis de guerra chegam às mãos dos criminosos no Rio de Janeiro? Apesar do trabalho incansável das forças de segurança do estado, que em 2024 conseguiram um recorde histórico de 732 fuzis apreendidos, a chegada de armamentos pesados às mãos de criminosos continua sendo um desafio.

O governador Cláudio Castro destaca a dificuldade enfrentada pelo estado na luta contra o tráfico de armas, que, segundo ele, chegam de fora do Brasil. “O Estado não fabrica armas, mas em 2024 apreendemos 732 fuzis, um recorde histórico. São dois por dia tirados das ruas”, afirmou o governador, ressaltando que as armas atravessam fronteiras sem controle adequado, alimentando o crime organizado.

Apesar da atuação da polícia e das apreensões, o problema persiste. “As forças de segurança do Estado agem com rigor, apreendem as armas e prendem os bandidos, mas o governo federal precisa fazer a parte dele, controlando as fronteiras e pressionando com sanções os países vizinhos que ‘perdem’ o rastreio de armas”, completou Castro, enfatizando que o combate ao tráfico de armamentos precisa ser uma responsabilidade compartilhada entre os estados e a União.

Em um contexto de crescente violência, a escolha do governador é clara: “Entre a vida de um policial e a de um criminoso, nossa escolha é sempre pela vida daqueles que defendem você e sua família todos os dias.”

No entanto, com o fluxo de armas ilegais persistindo pelas fronteiras, o esforço das autoridades do Rio de Janeiro acaba por se assemelhar a um trabalho de “enxugar gelo”, um processo contínuo e, muitas vezes, frustrante. A necessidade urgente de um controle mais rigoroso nas fronteiras e de uma cooperação mais efetiva entre os governos estaduais e federal permanece uma das maiores barreiras no combate ao crime organizado.

Foto: Divulgação/Polícia Civil

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