Feira de Engenheiro Pedreira resiste ao tempo e aos sacolões e supermercados

Nesta quinta-feira (25) é comemorado o dia dos feirantes. A categoria, que pode ser considerada uma resistência no ramo do comércio, ainda segue firme até os dias atuais,  apesar da existência de sacolões e supermercados. E a preferência pode ser explicada, por conta da oferta de legumes, frutas e verduras frescas.

Grande parte dos feirantes também produz seus próprios produtos. Aqui no município de Japeri, por exemplo, é possível comprar aipim das mãos do produtor rural. Eles acordam cedo e preparam a mercadoria até que chegue ao consumidor. 

Quem frequenta as feiras sempre tem aquele feirante que conquista a clientela com seu jeito cativante de ser. E quem nunca esperou a famosa hora da xepa, para conseguir comprar itens mais baratos? A feira livre faz parte do cotidiano do brasileiro, e aqui na cidade não  é diferente. De acordo com dados da Secretaria de Fazenda, são 112 feirantes cadastrados. 

O secretário municipal de Governo, Francisco Nacelio, parabeniza a todos os trabalhadores da categoria e enfatiza a importância de se valorizá-los.

“Ser feirante é resistência. A classe trabalhadora merece e muito ser representada, ser respeitada e reconhecida pelo trabalho que exerce. A data é apenas uma representatividade do valor que eles merecem todos os dias. Sou um frequentador assíduo das feiras e apoio a valorização”, disse Francisco.

Onde comprar 

Eles atuam aos finais de semana, das 5h às 15h, no centro de Engenheiro Pedreira. E é lá que trabalha a Neuci Vieira de Assis, artesã e representante dos feirantes da cidade e que vende roupas de materiais recicláveis, e ama o que faz.

“Pra mim, ser feirante é tudo de melhor. Aqui eu me encontrei, quando eu cheguei aqui eu não sabia fazer nada, mas hoje  mais de 30 anos depois eu sou uma profissional da feira. Formei meus filhos e agora dou aula de reciclagem de material textil”, declara Neuci.

Quem vai às  compras,  não encontra só legumes, mas o delicioso pastel de feira,  produtos da economia solidária, roupas, produtos de cama, mesa e banho, comida nordestina, potes de plástico e até flores e mudas.

Foi na feira, que o casal Jobel Alves e Marta Da Silva, criaram os seus quatro filhos. Dois deles ocupam uma banca de legumes na concorrida feira. Espaço antes ocupado pelos pais que atualmente se ocupam de vender mudas de plantas que eles mesmos produzem

Para acompanhar o trabalho de Neuci, é só acessar a página do seu ateliê no  Instagram: https://www.instagram.com/ateliepaodemelrecicle

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