Exposição “Iguassú e os caminhos do Ouro” segue até o dia 4 de julho no Complexo Cultural Mario Marques

Os moradores da Baixada Fluminense, e em especial os de Nova Iguaçu podem entender mais um capítulo de sua história. Desta vez contada na exposição “Iguassú e os caminhos do Ouro”, que segue até o dia 4 de julho no Complexo Cultural Mario Marques, na Rua Getúlio Vargas, 51, Nova Iguaçu e depois continua de 8 a 15 de julho, na Estação de Cultura,  Tinguá.  

O evento aberto, no último dia 12 de junho é fruto do acervo  reunido por mais de 15 anos pelo colecionador e produtor Mario Marcelo, que conseguiu seduzir o trabalho da museóloga Déborah O. Lins de Barros para a curadoria desta mostra. 

A exposição mostra como a tropearia teve importância no escoamento do ouro e apresenta os utensílios usados à época. Até um acampamento e uma mina estão reproduzidos no local, fazendo os visitantes mergulharem na história. Estão lá, baús, celas, estribos, Trempe (fogão portátil), burras usadas para transportar o ouro, quinteiro (usado para a cobrança do imposto), cofre de intendência. Algumas das peças expostas têm até 300 anos.

Os visitantes se conectam com os caminhos representados em mapas que mostram como seus próprios bairros estiveram na rota do cobiçado ouro que era escoado das Minas Gerais no Século XXIII. A ideia do produtor é criar nas pessoas o sentimento de pertencimento.

Quem vai ao local passa a entender como os caminhos utilizados para escoar o ouro, por terra, foram importantes para o surgimento da própria cidade de Nova Iguaçu, anteriormente chamada de Vila de Iguassú e Maxambomba. 

Passando por gerações

Também tem a interpretação de expressões feitas em vídeo pela  personagem Vanessa Du Matu, como “Picar a Mula”, “Encher o Bucho”, “Quinto dos Infernos” “Ouro de Tolo”, “Bruaca”, “Lavar a Égua”, “Guardado a Sete Chaves” ou “Santo do pau Oco” e outras que ultrapassar os séculos.

O evento tem atraído historiadores, universitários e estudantes de escolas públicas e privadas, cujas escolas podem agendar visitas guiadas,  através do e-mail agendaiguassucaminhos@gmail.com.

Uma das maiores características desta exposição é a acessibilidade, o que permite o acesso e a interação de todos os públicos. O acervo é tátil e audiodescritivo.  A altura das vitrines expositoras também foi pensada para atender crianças e pessoas com deficiências. 

A exposição tem patrocínio da Prefeitura Municipal de Nova Iguaçu, Secretaria Municipal de Cultura, FENIG, Ministério da Cultura e Governo Federal, e realização da MH Lima Produções, representada pelo ator Marcos Carneiro, que foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo. 

Serviço:

Exposição 12 de junho a 4 de julho – Complexo Cultural Mario Marques

Mediação de grupos  até 20 pessoas,  as quartas-feiras – 10h, 11h e 12h e  14 h, 15h e 16h

Estação de Cultura, em Tinguá, de 8 a 15 de junho (12 a 14 Festa do Aipim)

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