Em função da pandemia que ainda vivemos, o ano segue com inúmeras incertezas e quando o assunto é Enem não é diferente. O Inep – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Nacionais Anísio Teixeira, autarquia do MEC – Ministério da Educação, ainda não divulgou as datas das provas da edição 2021. Mesmo com muitas interrogações, os estudantes que têm como objetivo a sonhada aprovação no vestibular não devem esmorecer. Estudar com planejamento e com regularidade é primordial.
A forma de preparação por conta da pandemia é bastante comentada e por que não dizer motivo de preocupação entre os pais. Milhões de estudantes estão no modelo híbrido ou exclusivamente com aulas remotas. Caroline Lucena, coordenadora do ensino médio e do pré-vestibular do Elite Rede de Ensino, destaca a relevância da capacidade de mudança que o aluno tem de atingir. “A qualidade da adaptação é uma daquelas habilidades humanas que nos permitiu chegar aonde estamos hoje enquanto civilização. Nos adaptamos a períodos de guerra, sobrevivemos a outras pandemias e, por certo, nada disso teria ocorrido sem a força da necessidade de mudança. O aluno deve se adaptar ao momento global e ao momento pessoal, respeitando as limitações de ambos e tirando deles o máximo possível. Em tempos de mudança, não mudar é ficar para trás. Precisamos desenvolver novos hábitos, bem como revisar os antigos e checar quais deles se mantêm úteis para uma preparação efetiva”.
Direcionamento das matérias com base nos critérios de seleção
O conteúdo e a característica das provas também são pontos importantes na engrenagem de preparação. “Nossos alunos são preparados em um nível acima do previsto pela prova, permitindo assim que se sintam mais seguros. Mais mudanças, caso venham a acontecer, como duração ou quantitativo de questões serão comunicadas com antecedência via edital e, consequentemente, também serão implementadas em nossos simulados. Porém, reforço que o aluno não deve se agarrar na incerteza ou em futurologia. O estudo contínuo e a realização de provas anteriores sempre serão de extrema importância”, alerta Thiago Mulim, supervisor do pré-vestibular do Elite.
Em diversas ocasiões, os vestibulandos ficam em dúvida de como distribuir o tempo de dedicação entre as diferentes disciplinas. Portanto, cabe ao aluno direcionar seus estudos com base nos critérios de seleção para o curso e para a universidade almejados. Dessa forma, atribuindo mais peso às disciplinas mais relevantes para sua classificação.
Um plano de estudos bem elaborado pode ser uma ferramenta preciosa. “O vestibulando pode fazer por conta própria, com auxílio de professores ou da equipe de sua unidade. Porém, recomendamos que todo plano passe pela coordenação pedagógica, uma vez que o mesmo deve contemplar aspectos que talvez fujam ao entendimento do aluno. Além disso, mais importante que a montagem, é realizar a manutenção dele para que seja sempre assertivo e dialogue com a rotina e o momento emocional do aluno”, detaca Mulim.
Na visão do supervisor do pré-vestibular do Elite, não existe uma quantidade exata de horas de dedicação aos livros. Entretanto, em média, quatro horas diárias no contraturno das aulas costuma ser um bom caminho. O tempo e a qualidade de descanso são aspectos tão importantes quanto o estudo em si. Recomenda-se que o aluno tenha um tempo destinado ao lazer e, até mesmo, um dia da semana exclusivo para diversão.
A importância da redação
Uma das disciplinas mais importantes no exame, a redação pede leitura e treino. “A leitura em dia é um grande diferencial para quem quer que seja. Porém, no contexto do Enem, ganha uma importância muito maior, tendo em vista o estilo de redação cobrado pela banca corretora, que valoriza o conteúdo de qualidade nos textos. Entretanto, só a leitura não faz bom texto. O treinamento periódico da escrita, aos moldes do exame, é extremamente relevante”, diz Mulim.
Arriscar possíveis temáticas é uma estratégia pouco inteligente. A probabilidade de acerto é muito remota. Por isso, pensar em eixos torna-se mais eficaz. “O candidato precisa ser apto a escrever sobre os mais diversos assuntos: educação, saúde, economia, política etc. Um estudo direcionado a eixos temáticos, pensando nos repertórios socioculturais viáveis a fim de enriquecer a redação e em intervenções possíveis, é uma estratégia de estudos mais lógica”, explica Caroline Lucena.