São cerca de 400 ovos que estão sendo entregues para crianças e famílias de diversos pontos de Nova Iguaçu
A Páscoa remete a vida e a ressurreição de Cristo, celebrada por milhares de cristãos católicos e evangélicos. Nesta época em que a troca de chocolate se tornou uma tradição, Cristiana Nascimento, a tia Cris, reúne há sete anos voluntários para entregar ovos de chocolate a centenas de crianças em comunidades, igrejas, escolas e instituições governamentais e filantrópicas.
As doações também são destinadas às famílias em situação de rua, em Nova Iguaçu. Para esta mulher de 47 anos, nada é empecilho. Pediu doações de barras de chocolate e ela mesma colocou a mão na massa para a produção de cerca de 400 ovos e assim pôde viabilizar a Missão Páscoa com Cristo.
Cris conta que este ano conseguiu uma cozinha emprestada para confeccionar os ovos.
“Contamos com o apoio dos voluntários que doaram embalagens e brinquedos , muitos deles precisaram passar por uma verdadeira reciclagem e estão fazendo a alegria das crianças, juntamente com os ovos de Páscoa”, Explicou.
As entregas dos ovos já começaram. No dia 12 de abril um grupo de famílias de Paraíba do Sul recebeu os chocolates, roupas e brinquedos, já no domingo de Páscoa será a vez das crianças do bairro Palmares receberem o mimo. E no dia 10 de maio será a vez dos pequenos do Orfanato Santa Bárbara receberem o doce.
Para servir os menos favorecidos, Tia Cris criou o projeto Missionário Quem tem fome, não espera. Ela se inspirou na própria mãe que a ensinou a plantar o amor, e que dizia que mesmo sendo humilde é possível compartilhar o pouco que se tem.
Imbuída no propósito de ajudar ai próximo, conta que pediu a Deus uma visão sobre o que fazer.
A resposta veio: as pessoas começaram a bater em sua porta pedindo alimentos, gás, roupas e brinquedos.
Hoje toda a família é missionária. O marido Wuandererson Vieira, o Woody, é um motoristas voluntários, mas tem ainda o apoio de costureira, cozinheiras, recicladores e até enfermeiras, que compõem o projeto “Enfermeiras Curadas para Curar”, que realizam curativos, fazem verificação de Pressão Arterial e outras ações.
Nestes sete anos de dedicação, Tia Cris tem uma preocupação: não poder ampliar o projeto por não dispor de um espaço. As doações disputam espaço no seu apartamento, o que a obriga a recusar o recebimento por não ter uma sede.
“Meu sonho é ter um local amplo onde possamos ter parcerias com psicólogos e outros profissionais para ajudarmos mais famílias”, desabafou.