Às 5h30 o despertador toca e começa o dia de Maria Alice Pereira: se arrumar, dar banho na filha, organizar as tarefas antes de ir ao trabalho. Aos 37 anos, a analista de operações da Águas do Rio inicia a intensa rotina antes mesmo do amanhecer e conta com a ajuda de uma pequena rede de apoio para manter os cuidados da filha de 8 anos, durante o período em que ela está fora de casa.
Enquanto a filha está com a babá, Dona Rosana, carinhosamente chamada de “Tia Zana”, Maria Alice percorre mais de 20 km para chegar ao trabalho, em uma das sedes da concessionária, localizada no município de Nova Iguaçu. Com 18 anos de experiência no setor de saneamento, a profissional foi promovida recentemente e comemora a última conquista alcançada: o ingresso na universidade para o curso de Engenharia de Produção.
“Eu quero proporcionar para minha filha o que eu não tive. A minha força vem dela. Me divido em muitas para conseguir cumprir as tarefas todos os dias, dar atenção, carinho e educá-la. Sou mulher, negra, mãe solo, trabalho todos os dias, estudo, cuido de casa e, assim como outras profissionais, me dedico em tudo o que faço. Isso prova que somos capazes de mudar a realidade e viver um futuro melhor”, contou Maria Alice.
A inspiração da profissional tem nome e sobrenome: Analice Pereira. Nos planos para os próximos anos está a conquista de uma casa para que a pequena tenha espaço para brincar. A luta para transformar o cenário atual e alcançar novos objetivos começou lá atrás, quando ainda era uma criança. Maria Alice foi adotada ainda recém-nascida e recebeu o carinho da mãe adotiva, que a criou ao lado de mais três crianças.
“Mãe se reinventa a cada dia para cuidar dos filhos e não deixar que falte nada. Minha mãe escolheu fazer isso por mim e, hoje, eu fui escolhida para fazer pela minha filha. Me emociono em saber que sou a mulher que ela olha e fala ‘quando eu crescer, quero ser igual a você’. É por ela que eu não desisto e não fraquejo e é isso que me dá força para seguir em frente e conquistar um futuro melhor”, expressou a analista.
Assim como Maria Alice, centenas de colaboradoras da Águas do Rio, trabalham diariamente na Baixada Fluminense e, em casa, desempenham a função mais gratificante, que é ser mãe. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 11 milhões de mães solo educam seus filhos e conciliam esta tarefa com a rotina profissional.
“A Águas do Rio incentiva e proporciona o desenvolvimento contínuo dos seus colaboradores através de diversas iniciativas como o Plano de Desenvolvimento Individual, avaliação de desempenho, feedbacks contínuos, treinamentos e cursos diversos. A história de Maria Alice é um dos muitos exemplos que temos em nossa empresa e que nos enche de orgulho”, disse Bruna Pedrosa, coordenadora de Recursos Humanos, com atuação na Baixada Fluminense.
Fim do expediente. Hora de sair do trabalho, buscar a filha, dar banho, preparar o jantar, auxiliar nos exercícios da escola de Analice, tirar um momento para brincar, colocá-la para dormir e, depois, organizar os estudos da faculdade e deixar tudo pronto para o dia seguinte. A jornada, apesar de desafiadora, traz uma recompensa que faz tudo valer a pena: o sorriso da pequena que cumpre o mesmo ritual diariamente. “Todos os dias ela fica no muro de casa e me espera chegar. É impossível descrever a sensação de ver o sorriso dela quando me encontra. É por esse sorriso que eu decido continuar todos os dias”, concluiu emocionada.