Em celebração ao Dia Nacional do Sistema Braille, comemorado em 8 de abril, a Secretaria Municipal de Educação de Nova Iguaçu (SEMED) realizou, nesta segunda-feira (10), uma capacitação para professores que atendem alunos com deficiência visual (baixa visão ou cego). Uma nova atividade está marcada para o dia 8 de maio.
Atualmente, a SEMED tem 70 professores capacitados no curso de Braille, Soroban (instrumento para cálculo) e Dosvox (sistema para microcomputadores que se comunica com o usuário por síntese de voz, que viabiliza uso de computadores por deficientes visuais).
“Essa capacitação atende aos professores que necessitam de mais aprendizagem para lidar com o aluno que possui cegueira ou baixa visão. Eles vão receber esse aluno em sala de aula e no Atendimento Educacional Especializado. Abordamos como esse aluno deve ser orientado e quais são atividades utilizadas em sala de aula. Precisamos manter os professores atualizados, pois o deficiente visual é capaz de aprender, mas se o professor não souber o braille, como ele vai ensinar? Com a capacitação, o professor vai ficar ainda mais qualificado”, afirmou a professora especialista em deficiência visual Mariluce Groba.
Na próxima capacitação, no dia 8, os professores vão aprender a fazer material adaptado, como um dos exemplos de material de acessibilidade poderá se confeccionar um mapa do Brasil para cegos e cela braille a partir de materiais recicláveis. Serão usados algodão para identificar uma região, assim como uma lixa para o aluno tatear e saber onde ficam as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
Professora da Escola Municipal Estanislau Ribeiro do Amaral, Vania Brum foi uma das profissionais que participaram da capacitação. Segundo ela, a atividade está sendo fundamental para qualificar os profissionais a trabalharem em sala de aula com alunos com deficiência visual.
“Aprendi que a ajuda em sala de aula pode ser de várias maneiras. O professor deve falar mais, ser mais comunicativo e trazer o aluno para o espaço onde deve ser inserido. Ele deve se sentir mais participativo. Recebemos um aluno cego na escola e estamos nos preparando mais para ensinar com mais qualidade”, contou.