“Trabalhadores ambulantes, feirantes, comerciantes e pais de família não podem ser tratados como marginais”, afirma o deputado estadual Charlles Batista (PSL)
Com o início do superferiado em todo Estado do Rio de Janeiro a partir desta sexta-feira (26) até 4 de abril, o deputado estadual Charlles Batista (PSL) fez um apelo a policiais militares para que tratem com respeito trabalhadores que estejam sofrendo com o lockdown e outras medidas mais restritivas por conta da pandemia Covid-19.
Líder do PSL na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o deputado diz que é preciso compreensão dos agentes de segurança pública diante do desespero de homens e mulheres que estão sendo impedidos de trabalhar e levar o sustento para suas famílias.
Charlles Batista entende que policiais precisam cumprir a missão, mas pediu aos profissionais que possam agir com respeito ao abordar trabalhadores ambulantes, feirantes, comerciantes, pais de família que muitas vezes reagem com desespero diante das restrições e até mesmo impedimento de trabalhar.
O apelo foi feito nesta quinta-feira, no 20°BPM (Mesquita), durante a solenidade de entrega da Medalha Tiradentes póstuma à família do cabo da Polícia Militar Derinaldo Cardoso dos Santos, assassinado ao tentar impedir um assalto dentro de loja em Mesquita, na Baixada Fluminense, em dezembro passado.
“Eu já vendi açaí em barraca por quatro anos, minhas atitudes seriam alteradas se eu não pudesse trabalhar e sustentar minha família como vem acontecendo nessa pandemia. Trabalhador é trabalhador, tem de ser tratado como cidadão de bem, não é vagabundo”, discursou Charlles Batista, que se posicionou contra o lockdown e algumas das medidas restritivas por entender que “ferem a Constituição Federal no que diz respeito ao artigo 5º, relacionado ao direito de ir e vir”.