A esporotricose é uma micose subcutânea que surge quando o fungo do gênero Sporothrix entra no organismo, por meio de uma ferida na pele. A doença pode afetar tanto humanos quanto animais.
A infecção ocorre, principalmente, pelo contato do fungo com a pele ou mucosa, por meio de trauma decorrente de acidentes com espinhos ou lascas de madeira, contato com vegetais em decomposição e pela arranhadura ou mordedura de animais doentes, sendo o gato o mais comum.
Apesar do grande número de casos de animais acometidos com a doença, defensores da causa animal alertam que a maioria dos municípios da Baixada Fluminense não contam com um órgão específico para realizar este tipo de tratamento.
Liderança atuante no bairro Nova América, Rodolfo Maya alerta que a doença é altamente contagiosa e o tratamento é bem criterioso, o que dificulta os cuidados com os animais de rua.
“Todo animal doente com suspeita de esporotricose precisa ser isolado das pessoas e de outros animais. Uma vez confirmada a doença, o animal deverá ser separado do convívio das pessoas da residência, principalmente de crianças, e recolhido em um local seguro. Uma série de cuidados praticamente impossíveis de serem aplicados em animais de rua, que infelizmente ficam soltos sem tratamento adequado podendo contaminar outros animais e até pessoas”, explicou ele.
Com o aumento do número de casos da região, Rodolfo encaminhou ofício por meio da Associação de Moradores e Amigos de Nova América e Adjacências, solicitando que a Prefeitura de Nova Iguaçu crie um protocolo para atendimento aos animais com esporotricose, disponibilizando medicamento específico para tratamento da doença.
“Muito mais do que uma questão da causa animal, é uma questão de saúde pública. Esses animais precisam de cuidados específicos e é um tratamaneto caro que os cuidadores e mantenedores de projetos sociais que resgatam animais de rua não conseguem custear”, destacou ele.
É importante reforçar que a esporotricose tem tratamento, cura e o diagnóstico dos animais pode ser feito em clínicas veterinárias. Por isso, o animal com suspeita de esporotricose não deve ser abandonado, maltratado ou sacrificado.