O agendamento para frequentar as praias do Rio de Janeiro passará por uma consulta pública, para saber qual é a avaliação da população sobre a iniciativa. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (12) pelo prefeito, Marcelo Crivella, que não detalhou como será feita essa consulta.
O objetivo do agendamento é evitar aglomerações nas areias, começando pela Praia de Copacabana. A ideia é que os banhistas marquem com fitas seus espaços, mantendo distanciamento dos demais grupos.
“Nós estamos conversando, pensando, sem pressa. Verificando o que é melhor para as pessoas. A ideia é que a gente possa voltar à praia, mas sem aglomeração. E isso só é possível fazer como outros países fizeram, demarcando o solo. Quem chegar primeiro, tem o seu espaço.”
Segundo Crivella, uma alternativa será a marcação do espaço via aplicativo de celular, que poderia receber apoio de empresas interessadas, para garantir um percentual, cerca de 30% das vagas, a pessoas idosas ou com portadoras de deficiência.
“Mas tem pessoas que precisam de um aplicativo, porque são idosos, pessoas portadoras de deficiência. Essa poderiam fazer a reserva com o aplicativo. Mas isso está em estudo. É preciso consultar a população para ver se aprovam, se não, a gente faz um planejamento e depois dá tudo errado.”
Crivella reconheceu que não possui força policial suficiente para patrulhar e fiscalizar quilômetros de praias na cidade, verificando se todos estão usando máscaras e não fazendo aglomerações.
“A gente quando governa tem utopias, que esbarram com a realidade. E a realidade é que a praia está sendo ocupada e numa situação adversa. Pessoas fazendo aglomerações sem uso da máscara. Nós não temos uma Polícia Militar, uma Guarda Municipal, para conter dezenas de quilômetros de praia. Então estamos procurando organizar.”
FOTO Tomaz Silva/Agência Brasil