O Cisbaf – Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada Fluminense inova mais uma vez e implantará tablets nas unidades de saúde de urgência e emergência que prestam assistência aos pacientes críticos regulados pela central administrada pelo consórcio. A novidade foi anunciada nesta quarta-feira (29) em reunião presencial e remota com secretários de Saúde e coordenadores de urgência e emergência dos municípios da região. Todos os municípios estavam representados.
O secretário de Saúde de Mesquita e presidente do Conselho Técnico, Emerson Trindade, destacou mais uma iniciativa do consórcio na área da saúde. “A chegada do tablet nas unidades de saúde que recebem pacientes críticos irá permitir maior rapidez e eficiência nas transferências geridas pela Central de Regulação de Pacientes Críticos. Esta é mais uma ação pioneira do Cisbaf no estado e talvez até no país”, ressalta Trindade.
Conforme a secretária executiva do Cisbaf, Rosangela Bello, os tablets começam a ser entregues em agosto e os profissionais de saúde serão treinados para melhor manuseio do equipamento. “Vamos implantar mais um importante instrumento de comunicação entre a central de regulação e as unidades de saúde, o que será um grande facilitador neste processo. Inicialmente, distribuímos gratuitamente aos gestores destas unidades um celular. Entretanto, agora com um tablet teremos redução no tempo de atendimento, o que para casos críticos se traduz em salvar mais vidas”, complementa Rosangela Bello.
A Central de Regulação de Pacientes Críticos entre Unidades, sob a gestão do Cisbaf desde fevereiro de 2020, atendeu entre os dias 17 de fevereiro a 22 de julho, 571 solicitações, oriundas de 40 unidades de saúde. Destas, 48% dos pacientes tiveram o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, como o principal destino, seguido do Hospital Geral de Nova Iguaçu que recebeu 25% dos casos críticos. O serviço de regulação obedece a critérios técnicos e cumpre uma grade de referência pactuada regionalmente – entre Secretaria de Estado de Saúde, município do Rio de Janeiro e municípios da Baixada Fluminense.
Durante a reunião, a secretária executiva falou ainda sobre a relação leitos SUS por habitantes. Mesmo com a abertura de 185 leitos, a Baixada Fluminense ainda tem a pior taxa no estado: 0,6 leitos para cada mil habitantes, amargando um déficit de pouco mais de oito mil leitos. Já a Região Metropolitana I, excluindo os municípios da Baixada, possui 9.091 leitos SUS (DataSUS, Junho 2020), com uma taxa de 1,4 leito por mil habitantes.
Ao final, Rosangela Bello deu mais uma boa notícia voltada à capacitação dos profissionais de saúde: a implantação de uma plataforma na web que viabilizará aulas virtuais. Os conteúdos estão sendo elaborados pelo Núcleo Regional de Educação Permanente (NEP/CISBAF) e, a partir de agosto, também estarão gratuitamente à disposição das equipes da atenção básica e da urgência e emergência dos municípios consorciados.