A Fundação Instituto de Pesca do Rio de Janeiro (FIPERJ), órgão ligado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais do Governo do Estado do Rio de Janeiro, estabeleceu um Plano Emergencial de ações que visa mitigar os impactos da crise do Covid-19 no setor da pesca e aquicultura no Estado.
“A pandemia vem se estendendo justamente durante o período do ano mais importante para comercialização de pescado, a Semana Santa”, explica o subsecretário de Pesca e Aquicultura, Ramon Neves.
Segundo o subsecretário, uma das linhas do Plano é o estabelecimento de campanha para o fortalecimento do consumo de pescado produzido no estado do Rio de Janeiro, com a divulgação de mercados e outros estabelecimentos que possam oferecer o serviço de entregas em domicílio do produto. Além disso, a campanha vai orientar sobre medidas higiênico-sanitárias para o enfrentamento da disseminação do coronavírus.
“A medida tem como objetivo sensibilizar compradores e consumidores da importância de direcionar suas compras para o benefício dos pescadores e produtores de nosso Estado, neste momento em que a solidariedade se mostra como o principal caminho para superar dificuldades”, explica.
Segundo informações da Associação dos Pregoeiros de Pescado, no CEASA-RJ, peixes mais baratos, como Sardinha, Corvina e Anchova, estão com as vendas normalizadas. Peixes mais caros, utilizados em grande parte por restaurantes, tiveram sua venda reduzida. Já as pequenas cooperativas de beneficiamento de Tilápia do Médio Paraíba preveem uma queda de até 50% nas vendas com relação ao mesmo período do ano passado.
“Por outro lado, alguns municípios, como Macaé, esperam melhora nas vendas, visto que o mercado de peixe está em atividade”, observa Neves.
Desde o início do mês, as atividades pesqueira e de aquicultura passam a fazer parte do escopo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais do Estado do Rio de Janeiro. Para o secretário Lucas Tristão, a pesca e a aquicultura podem assumir um papel importante para a economia fluminense.
“A pesca já foi um setor muito importante para o Estado, que já foi líder do maior parque industrial de enlatados, e precursor da aquicultura no Brasil. O Rio tem um litoral de 636 quilômetros e estamos entre os principais consumidores de pescados do país. Logo, temos um grande potencial, somos um mercado promissor para pequenos, médios e grandes empresários”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão.