Membros do Comitê Guandu-RJ e representantes de prefeituras e órgãos estaduais se reuniram durante toda esta quarta-feira (4) para a realização das reuniões extraordinárias plenárias do colegiado. Na pauta, a criação de uma Câmara Técnica específica para buscar soluções, projetos e investimentos em saneamento, com ênfase em esgotamento sanitário, além do andamento de resoluções já aprovadas para investimento na mesma agenda, em toda bacia e ainda projetos de educação ambiental. A Câmara Técnica de Saneamento Básico (CTSB) foi aprovada por unanimidade e já irá começar seus trabalhos.
Item único de pauta da primeira Reunião, os membros discutiram a minuta da resolução que cria da CTSB. Após contribuições, o texto foi aprovado. A câmara será composta por doze membros, paritariamente divididos entre usuários de água, sociedade civil e poder público. Por serem estratégicos, decidiu-se que os prefeitos de municípios membros serão notificadas no convite da composição, para uma efetiva participação. O objetivo dessa nova instância é buscar soluções efetivando projetos e ações em prol do esgotamento sanitário na bacia, bem como dar assistência e celeridade aos projetos já existentes. A entidade delegatária irá convocar a manifestação de interesse para a eleição dos membros que vão compor a Câmara e logo começam os trabalhos. “Acreditamos que essa instância, de forma colaborativa, poderá apontar os caminhos para que possamos dar o suporte que nos cabe para avançar na agenda do saneamento em nossa área de atuação. A bacia do Guandu é a responsável pelo abastecimento de cerca de nove milhões de pessoas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Essas ações podem gerar impactos diretos na melhoria da saúde e da qualidade de vida dessas pessoas”, afirmou Paulo de Tarso Pimenta, Diretor Geral do Comitê Guandu-RJ.
Na pauta da tarde os membros discutiram o andamento de resoluções já deliberadas para obras, ações e investimento em saneamento. O Diretor de Recursos Hídricos do INEA, Hélio Vanderlei, participou dos debates atualizando o andamento de resoluções que descentralizaram recursos para o órgão gestor. A intenção é dar efetividade a esses desembolsos.
A segunda reunião contou ainda com a participação de parte dos professores contemplados pelo edital público do Comitê Guandu-RJ que concede auxílio financeiro a projetos de educação ambiental. Treze projetos desenvolvidos em escolas de educação infantil, médio e universidades foram habilitados pelo edital e receberão até 10 mil reais cada. “Estamos desenvolvendo um projeto que atua na questão dos metais pesados despejados no rio. Esse auxílio é importante para fomentar e potencializar os resultados deste projeto”, afirmou Maria Rita Guinancio Coelho, professora da Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO), que desenvolve o projeto “Avaliação de Metais Pesados no Ambiente: Estudo quantitativo de íons cádmio (II), zinco (II) e chumbo (II), em meio aquoso, por técnicas eletroanalíticas”. Já a professora Lidiane Barros Lobo representou um projeto na educação infantil, desenvolvida na Escola Municipal de Educação Infantil Jardim Europa, em Nova Iguaçu/RJ. “O projeto A Água Daqui é a Água de Lá atende crianças de 3 a 5 anos, onde mostramos a importância de se cuidar da água. A escola fica no bairro Lagoinha, próximo a ETA Guandu. Explicamos a elas que aquela água abastece a região metropolitana do Rio de Janeiro, e por isso deve ser preservada”, explicou.
Após as deliberações, o Comitê dará andamento as ações que visam a melhoria da qualidade e da quantidade de água da bacia hidrográfica dos rios Guandu, da Guarda e Guandu-mirim, que abrangem total ou parcialmente quinze municípios.