A
19ª Bienal Internacional do
Livro do Rio de Janeiro, que
acontece a partir do próximo dia
30, no Riocentro, pretende
ajudar na grande missão dos
professores de levar cultura aos
estudantes por meio da leitura.
A Bienal preparou o Fórum de
Educação, a ser realizado nos
dias 2 e 3 de setembro. “A gente
resolveu que era necessário
investir também no professor”,
disse a diretora da Bienal,
Tatiana Zaccaro.
O fórum é focado no profissional
de sala de aula, no professor,
no educador, “para que ele possa
levar para dentro da escola o
que ele vai aprender na Bienal,
para disseminar a importância do
hábito da leitura”, disse
Tatiana.
As inscrições já estão abertas.
Para ajudar o professor a educar
em um mundo em transformação,
estão programadas palestras,
entre outros, do monge zen
budista Haemin Sunim; do
educador português José Pacheco,
e do ex-judoca, fundador e
presidente do Instituto Reação,
Flávio Canto.
Jovens
Para os adolescentes, foi
preparado um espaço denominado
Arena #SemFiltro, o antigo Arena
Jovem, onde os jovens poderão
ter encontros com escritores,
youtubers e personalidades
admirados por essa geração
conectada nas redes sociais. O
ambiente tem acesso próprio e
traz uma diversidade de assuntos
que permeiam a vida dos
adolescentes. Haverá mesas para
debates sobre esperança, fé,
amor, poesia, biografias, games,
filmes, empoderamento, beleza,
humor, LGBTQIA+, entre outros.
Na última edição da Bienal, em
2017, a procura pelos debates de
interesse dos jovens cresceu
344% em relação à edição de
2015, enquanto a capacidade
subiu de 90 para 400 lugares no
mesmo período.
Pela primeira vez, todo o
conteúdo da Bienal vai ser
captado e disponibilizado em um
canal específico, para que os
debates com mais de 300 autores
nacionais e estrangeiros em mais
de 120 horas de programação não
se percam, disse Tatiana. “A
programação está incrível e pode
ser acessada no site da Bienal”,
disse a diretora.
Boulevard
No espaço lançado este ano e
denominado Boulevard do Livro,
editoras de todos os portes vão
mostrar seus títulos em cerca de
16 estandes mobiliados de 15
metros quadrados cada.
Segundo o presidente do
Sindicato Nacional dos Editores
de Livros (SNEL), Marcos da
Veiga Pereira, algumas editoras,
principalmente as sediadas fora
do estado do Rio de Janeiro, não
teriam condições financeiras de
participar da Bienal durante
todos os dias. Com o Boulevard
do Livro, elas têm a
oportunidade de expor seus
catálogos. Ali, eles contam com
promotor próprio e com “operação
comercial e logística de um
parceiro muito conceituado”.
Tatiana Zaccaro disse que a
expectativa é que a visitação do
público fique em torno de 600
mil pessoas durante os dez dias
do evento. “Mas acaba sempre
passando”, estimou. Na 18ª
edição, em 2017, foram
registrados 640 mil visitantes.
Cada um deles deixou o evento
com, pelo menos, seis livros.
Este ano, 5,5 milhões de
exemplares estarão disponíveis
para venda.
Segundo os organizadores, a
Bienal Internacional do Livro do
Rio de Janeiro é um dos quatro
maiores eventos da capital
fluminense. Os outros são o
réveillon, o carnaval e o Rock
in Rio.
O festival literário funcionará
de 30 de agosto a 8 de setembro,
no horário de 9h às 21h, nos
dias de semana; de 9h às 22h, na
sexta-feira; e de 10h às 22h,
nos finais de semana. Os
bilhetes têm valor de R$ 30,
inteira, e R$ 15, meia entrada.