Em plena pandemia da Covid 19, a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SECEC) conseguiu operacionalizar o Fundo Estadual de Cultura, que estava parado há 22 anos e, com parte dos recursos, lançar, em abril, edital emergencial para o “Cultura Presente nas Redes”, que recebeu mais de seis mil inscrições. Destes, 1.500 projetos, de vários setores artísticos, foram selecionados, beneficiando empreendedores de 67 cidades fluminenses. Cada um está recebendo R$ 2,5 mil cada, num investimento total de R$ 3,750 milhões do estado. As produções, em plataformas digitais, começam agora em julho e somam mais de 50 mil horas de programação.
“Tenho a alegria de ver uma secretaria que está melhorando o seu desempenho, que já era bom, mas com a visão de alguém que conhece de perto a necessidade da população e a vontade de artistas e de toda a ordem. E este é o nosso propósito, popularizar a Cultura, a cultura presente. Desde que assumi o governo, procurei resgatar a atividade da cultura, turismo e esporte. As três áreas têm sido tratadas de forma especial pelo governo e estamos com expectativa de retomada para 2021, seja do turismo do Rio e dos grandes eventos”, afirmou Witzel, em visita à secretaria. Na ocasião, o governador teve a oportunidade de conhecer de perto as iniciativas da pasta.
“Foi um momento de prestação de contas do trabalho que estamos desenvolvendo para a população e apoiando o artista do nosso estado, descentralizando recursos para os mais variados municípios e destravando o Fundo Estadual da Cultura, após duas décadas”, disse a secretária Danielle Barros.
O governador também ficou bastante entusiasmado com o projeto “Cinema da Cidade”, realizado em parceria pela secretaria e pela Ancine. O estado vai construir ou reformar cinco salas de cinema em municípios do interior onde não há esse tipo de serviço num raio de 100km. São eles: Cordeiro, São Pedro da Aldeia, São Fidélis, Miracema e Bom Jardim. Após a construção, as salas passarão por processo de concessão à iniciativa privada. Cada complexo exibidor terá duas salas com capacidade total para 168 lugares. Apenas em Bom Jardim já existe um antigo cinema, com capacidade para 300 pessoas, que está passando por grande reforma.
O investimento total do projeto é de R$ 18,750 milhões, sendo 20% de contrapartida do estado. As obras começaram em agosto de 2019 e foram interrompidas pela pandemia. Em junho, foram retomadas em Cordeiro. A previsão de conclusão do projeto é de primeiro semestre de 2021.
A secretaria também fechou diversas parcerias, que permitiram lançar um Gabinete Humanitário, com ações de assistência a profissionais da área que enfrentaram dificuldades e queda na renda decorrente da política de isolamento social, necessária para o combate ao novo coronavírus. A campanha “Cultura Solidária” apoiou mais de sete mil famílias, com cestas básicas, kits de limpeza, higiene, livros, água e máscaras, atendendo a fazedores de cultura de 25 cidades do estado. Além disso, no projeto “Rota da Leitura”, lançado em 4 de junho, mais de cinco mil livros foram doados em apenas um mês.
Ao discursar para servidores públicos da Secretaria de Estado de Cultura, Witzel lembrou que a crise de 2020, decorrente da pandemia do novo coronavírus, é mais grave do que a de 2016, mas, mesmo assim, o estado está cumprindo com as suas obrigações e honrando o pagamento do funcionalismo e dos aposentados e pensionistas.
“Desde que assumi, meu compromisso foi dar prioridade ao pagamento dos servidores”, disse, lembrando que o Estado do Rio foi o primeiro a adotar medidas de distanciamento social, que pouparam milhares de vidas. A Defesa Civil projetava cem mil mortos. Infelizmente, estamos com 11 mil óbitos, mas muitas vidas foram salvas – disse.
Witzel também conversou com policiais que integram o programa Segurança Presente e trabalham na Biblioteca Parque, no Centro do Rio, onde funciona a sede da Secretaria e afirmou:
“Pretendo contratar três mil policiais até o fim do meu mandato”, afirmou.