Alunos das Escola Técnica Estadual Juscelino Kubitschek, vinculadas à Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), saíram como um dos seis grupos vencedores da primeira edição do Desafio Liga Jovem, promovida pelo Sebrae e o Instituto Ideias de Futuro, como a maior competição de empreendedorismo em escolas de todo o Brasil, que aconteceu em São Paulo. A vitória se deu com o projeto Refugia – uma plataforma de curadoria de arte voltada para imigrantes, refugiados e asilados políticos, para fins de negociação de arte por meio de NFT’s (certificados de autenticidade digital).
Criado pelos recém-formados no curso Técnico em Administração da ETEJK, José Vinícius Vieira de Assis; Laryssa Ferreira Silva; Maria Eduarda Mariz; e Thales de Albuquerque Lima, o projeto está sendo planejado para permitir que artistas possam vender suas obras para o grande público, promovendo assim a geração de renda, inclusão e valorização da arte diversa.
Nesse processo de desenvolvimento, os integrantes têm entrado em contato com artistas e instituições para apresentar o projeto. Uma dessas personalidades é a atriz Eliane Umuhire, que está no filme “Árvores da Paz”, disponível na Netflix. A obra conta a história de mulheres sobreviventes do genocídio de Ruanda, ocorrido em 1994, com mais de 800 mil mortos. Os ex-alunos entrevistaram a atriz, por meio do “Refugia”.
“A Eliane Umuhire gostou demais do nosso projeto, nós ouvimos muitas histórias e conselhos dela, eu perguntei sobre curiosidades do filme e foi incrível. Inclusive, ela quer nos encontrar quando vier ao Brasil”, contou Thales Lima, um dos idealizadores do projeto.
Para a estudante Laryssa Ferreira, que atua na captação de artistas, realização de entrevista e construção do site, o projeto se torna relevante ao abraçar uma causa humanitária.
“Através da arte, conseguiremos propagar a diversidade cultural no Brasil e fazer com que o limite das fronteiras não seja o limite da solidariedade humana. Cada vez há mais imigrantes no mundo e o Refugia une essa causa a uma tecnologia, também em crescimento exponencial, no caso, as NFT’s. Queremos ser uma empresa social referência em geração de renda para esse público”, declarou a técnica em informática.
Orientadora do projeto, a professora Ana Letícia Andrade relata que sua felicidade pela vitória dos estudantes, possui muitos significados. “É o ápice da trajetória de um projeto tão potente, que agrega uma causa humanitária incrível com a história de pessoas, ao mesmo tempo, evidencia uma curva de aprendizado significativa para os alunos. Acredito que esse aprender através do desenvolvimento de projetos destaca o preparo do aluno para enfrentar situações reais”, explica.
Desafio contou ainda com a presença do projeto Multiplicador da unidade da Rede em Quintino
Outro projeto oriundo da Faetec também fez parte da competição, trata-se do Aluno Multiplicador, da Escola Técnica Estadual República. Em atividade desde 2019, a iniciativa propõe que estudantes com alto rendimento nas disciplinas escolares ajudem alunos que possuem dificuldade de aprendizagem, tornando-se alunos multiplicadores de conhecimento.
A professora Odiléa Corrêa coordena o grupo formado pelos alunos do curso Técnico em Programação de Jogos Digitais, Emmanuel Marcelino de Brito Junior; Giovanne Barbosa dos Santos Urquidi; Leandro Captivo Pacheco; e Lucas de Oliveira dos Santos Faria. Juntos, eles apresentaram o MultiApp, um aplicativo Android que promete mudar a forma de atuação dos multiplicadores. Com o aplicativo, todas as mentorias poderão ser realizadas de forma remota. Além disso, o app conta com videoaulas e jogos educativos.