Já foi tempo em que as carreiras militares eram almejadas apenas por homens. A cada ano, mais mulheres ingressam nas escolas das forças armadas. Segundo o Ministério da Defesa, 33.960 brasileiras integram as três forças. O Exército conta com 13.009 mulheres no quadro, sendo um aumento de 6,42% entre os anos de 2019 e 2020 e de 11% no período de 2020 para 2021. Na Força Aérea Brasileira (FAB), são 12.538, total que representa 19,23% do quadro geral. Na Marinha, são 8.413 militares, o que significa um crescimento de 4,2% no último ano.
A Marinha começou o ingresso no quadro permanente em 1980, através do Corpo Auxiliar Feminino da Reserva da Marinha (CAFRM). Já a FAB formou suas duas primeiras turmas de oficiais em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, em 1982. No Exército, as mulheres ingressaram em 1992, por intermédio do concurso público para formação da primeira turma feminina da Escola de Formação Complementar do Exército, em Salvador.
O Elite Rede de Ensino, que possui turmas destinadas aos concursos das forças armadas e aprovou mais de 500 estudantes nos exames militares em 2021, apresenta números que confirmam o crescimento das mulheres nas forças. No concurso de 2021 da Escola Naval, dos seis aprovados pela Rede cinco são do sexo feminino. Na EsPCEx (Escola Preparatória de Cadetes do Exército) foram 16 aprovadas e na EPCAr (Escola Preparatória de Cadetes do Ar) 15 passaram. Na AFA (Academia da Força Área), 14 alunas do Elite obtiveram a aprovação e na EFOMM (Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante) foram 10.
Vanessa Moura é um fenômeno quando o assunto é aprovação nos concursos militares. A estudante do pré-vestibular do Elite passou esse ano na EsPCEx, Escola Naval, AFA, EEAr e EFOMM e aguarda o resultado do ITA, que sai no dia 23 de dezembro, e é o seu grande sonho. A campeã de aprovações e futura engenheira de computação comenta sobre a escolha da carreira.
“Escolhi ser militar porque não é apenas um emprego, mas também um estilo de vida. Isso porque disciplina, hierarquia e espírito de corpo são valores que podem agregar muito na formação pessoal e profissional. Com a atual inserção das mulheres no mercado de trabalho, elas podem buscar a própria independência por meio das oportunidades que são oferecidas. Nesse contexto, o meio militar viabiliza que a mulher alcance autonomia, pois ele proporciona uma carreira estável e respeitada. Assim, espero que, cada vez mais, as mulheres se interessem pelo militarismo”, destaca Vanessa.
As alunas, que têm como intenção seguirem a carreira militar, podem se preparar no Projeto Nivelamento Militar para os exames do Colégio Naval, AFA e EsPCEx, a partir do dia 10 de janeiro. O Elite realiza uma Revisão geral das disciplinas de Português, Inglês, Redação, Matemática e Física (esta para os concursos da AFA e EsPCEx), por meio da resolução de exercícios propostos e revisões de conteúdos. O projeto também é destinado para estudantes externos.